Um acidente aéreo na Serra da Cantareira, há exatatos 47 anos, mais precisamente no município paulista de Mairiporã, vitimava o piloto José Carlos Pace, o Moco, então com 32 anos de idade.
O avião em que ele viajava, um monomotor da Embraer (modelo Sertanejo) com prefixo PT EHR, havia saído do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, e tinha como destino a cidade de Araraquara.
Chovia naquela manhã de 18 de março de 1977, e o pequeno avião pilotado por Carlos Roberto de Oliveira bateu em uma árvore e ficou totalmente destruído. Morreram os três ocupantes: o condutor e os amigos e pilotos de automobilismo José Carlos Pace e Marivaldo Fernandes.
Pace, então na Fórmula 1, competindo pela pela equipe Brabham, era casado com Elda Pace há seis anos, com quem teve dois filhos: Patricia e Rodrigo, que tinham cinco anos e meio e um ano e meio, respectivamente.
Seu corpo foi velado no Automóvel Clube de São Paulo, e sepultado no Cemitério do Araçá, também na capital paulista.
PACE ESTAVA EM GRANDE FASE
Assim como a maioria dos pilotos de sua geração, Pace havia começado no kart, aos 16 anos, idade bastante avançada para os padrões atuais. Em seguida passou para os carros, e sua performance impressionou o então chefe da equipe Willys, Luiz Antônio Greco, que o contratou para o seu time, que contava com nomes consagrados do automobilismo nacional, como Wilsinho Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno e a estrela em ascensão, Emerson Fittipaldi.
Em 1968, por exemplo, dividiu a condução de um Corcel com Brid Clemente nas 12 Horas de Porto Alegre. A dupla terminou a prova urbana na capital gaúcha na segunda colocação, apenas sete segundos atrás do Fusca dos irmãos Wilsinho e Emerson Fittipaldi.
CARREIRA NO EXTERIOR
Foi para a Europa em 1970, onde disputou o Campeonato Inglês de Fórmula 3, tornando-se campeão. Também guiou carros de turismo, chegando ao segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans de 1973, pela Ferrari.
Começou na Fórmula 1 em 1972, dois anos após Emerson, pela então pequena equipe Williams, que sequer tinha chassi próprio (utilizava os March). No ano seguinte guiou para a Surtees, obtendo seu primeiro pódio, no GP da Áustria, em Osterreichring. A vitória foi do sueco Ronnie Peterson (Lotus), seguido pelo escocês Jackie Stewart (Tyrrell).
Ficou na Surtees até 1974, transferindo-se para a Brabham em 1975, onde já no segundo GP da temporada, em Interlagos, venceu aquela que acabou sendo sua única prova na F1, na primeira dobradinha brasileira da categoria, com Emerson Fittipaldi (McLaren), em segundo.
Para 1976, a Brabham trocou a Ford pela Alfa-Romeo como fornecedora de motor. Embora mais potente, o propulsor italiano de 12 cilindros não tinha a mesma confiabilidade e deixou o brasileiro fora de muitos GPs.
Em 1977, ano de sua morte, começou a temporada com um bom segundo lugare no GP da Argentina, vencido pela surpreendente estreante Wolf, de Jody Scheckter. Não pontuou nas outras duas corridas que disputou naquele ano: Brasil (acidente) e África do Sul (13º colocado).
Havia um consenso que apontava José Carlos Pace como um futuro campeão da Fórmula 1 em curto espaço de tempo.
ABAIXO, VÍDEO COM ALGUNS MOMENTOS DO GP BRASIL DE 1975, EM INTERLAGOS, PALCO DA ÚNICA VITÓRIA DE JOSÉ CARLOS PACE NA FÓRMULA 1. NARRAÇÃO DE LUCIANO DO VALLE E COMENTÁRIOS DE GIU FERREIRA
CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A HOME DE AUTOMOBILISMO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO
CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O CANAL DO BELLA MACCCHINA NO YOU TUBE
Em busca da primeira vitória no Brasileirão, São Paulo recebe o Santos neste domingo; as formações
20/04/2025No Dia dos Povos Indígenas, veja todos os 'Índios' da seção 'Que Fim Levou?'
19/04/2025F1: Verstappen impressiona mais uma vez e fica com a pole para o GP da Arábia Saudita
19/04/2025Achados & Perdidos: Relembre momentos marcantes de Luciano do Valle, que nos deixava há 11 anos
19/04/2025Diante do lanterna Sport, Corinthians tenta superar seu 'inferno astral'; as equipes
19/04/2025