Por Airton Gontow

Em três jogos do Campeonato Brasileiro o Grêmio vencia por um a zero e jogava melhor: duas contra o Inter e uma contra o Flamengo.

Em todos o Grêmio após marcar o gol passou a tocar vergonhosamente a bola. Em todos, abdicou do jogo e não tentou definir a partida.

E nas três partidas, o Grêmio levou um gol, de pênalti, marcados quando a bola bateu no braço do Kannemann.

Ontem, após jogar melhor na primeira etapa e o início da segunda, o Inter foi colocado na roda pelo time gremista.

Quando levou o gol, ficou tonto, cambaleando.

Prontinho para tomar um nocaute!

É impressionante como esse time do Grêmio não tem sede e fome de definir as partidas!

De que adianta estar com dois “pontas bem abertos”, colocar o meia Piñares, mas o time parar de atacar e só tocar a bola, até perdê-la? (A bola que Luiz Fernando não passou para Ferreirinha no contra-ataque é uma afronta!) Melhor então seria que o Renato tivesse colocado o Bráz - não o Piñares - e fechado a casinha com três zagueiros.

O mesmo acontece na maioria das vezes em que Grêmio ganha a primeira fora e depois pode até empatar em casa: contra Inter do Falcão (3 a 2 no Beira-Rio e derrota pelo mesmo placar no Olímpico); Atlético-PR (vitória de 1 a 0 em Curitiba e derrota por 1 a 0 em Porto Alegre), River (vitória de 1 a 0 em Buenos Aires e derrota por 2 a 1 na Arena, também com derradeiro um gol de pênalti, com a bola que bateu na mão do Bressan) e Caxias (vitória por 2 a 0 no Centenário e derrota por 2 a 1 em casa).

Ainda em que alguns jogos tenham ocorrido erros de arbitragem, com sua postura indolente e sem agressividade, os jogadores gremistas e seu treinador, Renato Portaluppi, são os principais responsáveis ao chamarem a derrota. Ainda mais quando tem pela frente um time aguerrido e obstinado, como o do Inter, que, ao contrário do Grêmio, segue concentrado no jogo até o último segundo da partida.

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Airton Gontow é jornalista, gremista e diretor do site de relacionamento Coroa Metade.