Foto: AFP PHOTO/KIRILL KUDRYAVTSEVKIRILL KUDRYAVTSEV/AFP/GettyImages

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Era um domingo, 30 de julho. Brasil e EUA iriam se enfrentar em Earl Court pela segunda rodada do torneio olímpico de vôlei feminino. Jogo duro. Reedição da final de 4 anos antes, quando nosso país trouxe o ouro inédito em cima delas.

Nós, da “tropa laranja” - cor do uniforme do @terrabrasil - estávamos na tribuna de imprensa esperando o início do jogo calmamente, até que uma movimentação na torcida chama a atenção.

Rodado pelos fãs, Kobe mal podia andar na curta arquibancada. Ele sentou-se a 6, 7 metros de onde eu estava. Repórter inexperiente nestas coberturas, pensei: “não posso ficar a 3 lances de escada de Kobe Bryant e não falar com ele”. Chamei o cinegrafista e fui.

Ele sentado respondeu a única pergunta que eu consegui fazer: porque ele usou o dia de folga para assistir a um jogo de vôlei ao invés de passar por Londres? A resposta está no texto - CLIQUE AQUI E LEIA.

O que eu não sabia é que isso poderia me custar a credencial olímpica. Quando um fiscal apareceu, eu e os outros saímos correndo, até que o rapaz me alertou que, na próxima vez, tomaria o meu documento. Gelei. Kobe foi sentar-se com a delegação americana. Ele tinha errado o lugar.

Fiquei impressionado com a simpatia de Kobe. Ídolo do Dream Team, viu o tamanho do meu nervosismo e sorriu. Entendeu a pergunta feita em péssimo inglês e respondeu calmamente. Estava desfrutando os Jogos sem qualquer afetação. Ídolos reais.

O time dele venceu o Brasil por 3 sets a 1 naquele dia, mas Zé Roberto Guimarães e suas craques acabou com o ouro olímpico de novo. Eu saí três vezes vencedor: superei o medo de falar com um gigante, vi de perto um mito e mantive a credencial.

Vá em paz, Mamba.

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