A graciosa e, acima de tudo, competente e talentosa Rebeca Andrade levou a prata na Ginástica Artística, mas, pelo espetáculo que protagonizou, os momentos de aplausos e, por que não, quase delírio que proporcionou a quem estava no ginásio ou vendo a sua apresentação pela TV, fez por merecer o ouro.

Vendo a sua leveza e emoção em casa, pensei: - o ouro é dela.

Simone Biles também pensou o mesmo.

Pois que, conta o UOL, a norte-americana, maior estrela da ginástica olímpica mundial, encantada, bateu palmas ao ritmo de Baile de Favela, o funk genuinamente brasileiro que serviu de tema para a sua apresentação.

A emoção de Simone Biles e de todo o palco das apresentações, com certeza, também bateu em cheio no coração da pequena brasileira de Guarulhos Rebeca Andrade.

Quem a olhou bem, percebeu que ela estava tomada pela emoção que provocava na plateia, do ginásio e do mundo todo.

E, sensível que é, não fosse, não seria capaz de fazer o que fez, Rebeca cometeu os dois erros que lhe tiraram a chance de subir ao lutar mais alto do pódium.

Normal.

Aos 22 anos, seria demais, desumano até, pedir para que ela não se deixasse levar pelo apoio contagiante que vinha das arquibancadas.

A sua expressão durante o espetáculo era de satisfação, alegria, quase êxtase.

A sua fisionomia permaneceu esfuziante quando viu as notas que lhe garantiram a prata e no momento da premiação.

Mas ela ainda tem mais duas provas a disputar: o salto e o solo.

Tem carisma, talento e competência suficientes para encher ainda mais os brasileiros de orgulho.

Rebeca pode nos brindar com mais medalhas.

Que sejam de ouro.

Se não conseguir subir no pódium, que Rebeca saiba que o que fez nesta quinta-feira, 29/07, foi de uma beleza contagiante.

O Brasil, com a imagem tão manchada no exterior atualmente, precisava de um Baile de Favela para seguir em frente.