Treinador descobriu talentos como Carlos, Polozzi e Oscar. Foto: Reprodução

Treinador descobriu talentos como Carlos, Polozzi e Oscar. Foto: Reprodução

VEJA A PÁGINA DE MÁRIO JULIATTO NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"

Morreu nesta sexta-feira, 24, em Campinas, aos 75 anos, o ex-treinador Mário Juliatto, que há tempos lutava contra um câncer.

A Ponte Preta, equipe onde Juliatto marcou história, emitiu uma nota de pesar e relembrou a carreira de seu ex-atleta.

Juliatto é lembrado pelos pontepretanos como descobridor de craques como o goleiro Carlos, e a dupla de zaga Oscar e Polozzi.

Natural de Valinhos, Mário Juliatto tentou a carreira de jogador, na própria Ponte Preta, na década de 60, mas uma lesão aos 22 anos abreviou os planos do jovem atleta.

Treinou grandes clubes do futebol brasileiro e também teve passagens por clubes do exterior.

Confira a nota de pesar emitida pela Ponte Preta:

A nação pontepretana está em luto. Faleceu nesta sexta-feira (24), aos 75 anos, o ex-jogador e treinador alvinegro Mário Juliatto, que há tempos enfrentava uma batalha contra o câncer. O velório ocorrerá a partir das 13 horas no Cemitério São João Batista, em Valinhos (cidade onde ele nasceu e onde morava), e o sepultamento está previsto para às 10 horas de sábado, dia 25, no mesmo cemitério.

“Mário Juliatto tem uma história marcante na Ponte Preta, em especial atuando na área técnica na década de 1970, quando descobriu diversos jogadores e trouxe para o Majestoso jovens atletas que se tornariam grandes ídolos, como o goleiro Carlos e os zagueiros Oscar e Polozzi. É um dia triste para  nação ponteopretana e neste momento nos solidarizamos com a família e amigos”, diz o presidente pontepretano Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.

José Moraes Neto, historiador da Ponte Preta José, conta que conheceu Juliatto pessoalmente aos nove anos, no Majestoso.” “Convivi com ele na gestão do então presidente Sérgio Abdalla, na qual meu tio era diretor de futebol e eu, ainda criança, passava o tempo inteiro na Ponte. Ele era uma pessoa mais sisuda e se destacou muito por um trabalho intenso na década de 70, sendo que chegou a dirigir o time profissional da Ponte”, relembra.

Segundo Neto, Juliatto comandou o time profissional por 35 partidas. “Em 1972, com a saída do Cilinho, o Juliatto assumiu o comando técnico do clube e fez a ponte entre a saída do Cilinho e a chegada do Minelli, que valorizou muito o trabalho dele. Na Comissão Técnica e no Departamento de Futebol,o Juliatto teve uma atuação muito rica”, pontua.

O preparador Hernani Godoy, que trabalhou como preparador físico junto com Juliatto, também faz elogios ao companheiro de time. “Eu comecei na Ponte em 1971 e ele tomava conta do Juvenil, quando vieram Carlos, Oscar, Polozzi, José Roberto... depois houve um período em que ele tomava conta do Juvenil e era auxiliar do Minelli. Era um grande profissional, aprendi muito sobre futebol com o Mário”, diz.

Nascido em Valinhos, Mário Juliatto iniciou sua trajetória como jogador profissional na Ponte Preta, onde atuou entre 1963 e 1966. Infelizmente, a carreira dentro do gramado foi abreviada por uma contusão no joelho, que impediu que ele continuasse jogando quando tinha 22 anos. Passou, então, a treinar as categorias de base do clube antes de comandar a equipe principal, em 1972.

Juliatto treinou ainda diversas outras equipes do futebol brasileiro e mundial. No São Paulo chegou em 1974, para trabalhar na base, subindo na sequência para o profissional, como auxiliar de José Poy e, depois, de Rubens Minelli. Como treinador efetivo do time paulistano esteve no banco de reservas em 54 jogos. Também foi treinador do futebol árabe e de Portugal, bem como Coritiba, Náutico, Vitória, Portuguesa, Santa Cruz, Goiás, Fortaleza, Ceará, Maringá e Paraná.

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