Adelardo Madalena tinha 75 anos e vivia em Tubarão-SC

Adelardo Madalena tinha 75 anos e vivia em Tubarão-SC

Adelardo Madalena, o popular Ladinho, que jogou como lateral-esquerdo do Grêmio nos anos 1970, morreu na noite da última quinta-feira (23), aos 75 anos, em Tubarão-SC. Ladinho foi vítima de infecção generalizada.  

Abaixo, conheça mais sobre a carreira de Ladinho em texto de João Lucas Cardoso, repórter esportivo do Diário do Sul

Enquanto Adelardo Madalena vestiu a camisa azul, preta e branca, o Internacional de Falcão não tinha muita sorte nos Gre-Nais. "Nas minhas contas, joguei 12 clássicos. Só perdi dois: o primeiro e o último", assegurava Ladinho, lateral-esquerdo do Grêmio entre 1977 e 79.

Nascido em Tubarão-SC, em 24 de abril de 1947, ele começou no Ferroviário, de sua cidade natal, em 64, sendo protagonistas de diversos clássicos Ferro-Luz, contra o Hercílio Luz. "Sempre foi uma grande rivalidade. O pessoal de Oficinas (Ferroviário) não ia ao Centro (Hercílio) e eles não iam para o Oficinas. Não podia nem passar sobre o trilho", recordava-se.

Nos cincos anos no Ferrinho, chamou a atenção e passou a defender outras camisas (América de Joinville/SC em 1969, Portuguesa/SP em 70 e 71, Joinville/SC no ano seguinte) até chegar ao Atlético Paranaense, em 73. "Tive uma boa passagem. Fiz 11 gols no Paranaense de 74". A notoriedade veio depois, quando foi contratado pelo Grêmio, na época comandado por Telê Santana. "O Lauro Búrigo (técnico do Joinville em 1971) me indicou. Na época o zagueiro tinha que ser no estilo guarda-roupa. Eu era magrinho e franzino, por isso me colocaram na ala. E foi na posição que cheguei aos times maiores", contava.

Ladinho assegurava que foi um precursor em sua posição. Por aqueles anos, lateral servia somente para defender. "Era um jogador diferente para aquela posição. O que os alas fazem hoje, de chegar no gol, eu já fazia naquela época", garantia o ex-lateral que vivia numa chácara no bairro Cruzeiro, na querida Tubarão. Ele encerrou a carreira após outra passagem pelo Joinville (1980 a 82) e ainda encarou mais sete meses no Avaí, onde encerrou a carreira, aos 35. "Na época, jogador que chegasse aos 30 já era considerado velho, jogador com idade avançada. Dali por diante tentei a carreira de treinador". O pai de Gil e Jean e avô de Gabriela, ainda teve envolvimento esporádico com o futebol, geralmente nas categorias de base, e em dias de Gre-Nal atendia a telefonemas da Rádio Gaúcha.

 

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