Um duelo imaginário, em que a Felicidade ganha da Tristeza num confronto difícil e trabalhoso no estádio da Vida.

Um duelo imaginário, em que a Felicidade ganha da Tristeza num confronto difícil e trabalhoso no estádio da Vida.

Meus amigos do Brasil, falamos do Estádio da Vida, o campo da realidade, que recebe nesta tarde um grande jogo de dois times que tem duelado semanalmente. Você assiste à entrada em campo do time da Felicidade contra o time da Tristeza, num clássico real e virtual que acontece em instantes. Casa cheia para o espetáculo com cada torcedor defendendo com energia seu palpite para a contenda.

Confira as escalações e os sistemas táticos das duas equipes. A Felicidade entra em campo com um esquema que busca mais o gol. Sorriso é o goleiro, joga com a um; Zé Graça é o lateral direito que atua sempre avançado; no miolo da defesa, Regalo e Brincalhão agitam a grande área;  pela esquerda, Sacana apoia os dois zagueiros; o primeiro volante é Felizão; já o homem da saída de jogo é Generoso, que distribui o jogo; com a camisa oito, Venturoso é ousado e entra na área; o craque do time, o mais aplaudido é o uruguaio Rúben Paz; no ataque o artilheiro Di Prazer e o segundo atacante Hilário.

Do outro lado, de uniforme preto, vem a Tristeza. Chega de cabeça erguida e punho cerrado, escalado com Calado nas balizas; Carrancudo, Dissabor e Contratempo são os três zagueiros; os dois laterais ficam plantados lá atrás, Desalento e Atonia; meio-campo marcador com dois volantes, composto por João Tristonho e, ao seu lado – mais lento – Letargia. Na ponta direita quem corre por fora é Dissabor; do outro lado, ajudando o lateral a marcar está o desanimado Emburrado. Quem liga a defesa e o ataque é o camisa 10, Pura Mágoa, e – na frente – Zé Moleza é o centroavante paradão.

A bola rola e o início da porfia é tenso, regado a entradas duras do time triste. Em 10 minutos, cinco faltas advertidas rigorosamente pela arbitragem. Carrancudo colou em Generoso, que não acertava um passe, deixando Rúben Paz incomodado; parecia diminuir em campo. Brincalhão cortava qualquer chegada do time preto em sua área, explodindo os cruzamentos com bicões cada vez mais fortes. A bola viajava até Hilário, que criava as oportunidades, mas parava no sempre presente Contratempo.

O tempo passava e o jogo seguia empatado e travado em campo, com a Tristeza amordaçando Felicidade em campo, impedindo as ações mais efetivas. Defesa firme e bola para o mato – o jogo era de campeonato. Assim chegamos ao intervalo sem gols e com apenas dois chutes ao gol de Calado: um de Venturoso, vindo de trás, e uma cabeçada que Di Prazer atirou para cima. Quinze minutos de intervalo e nós, da imprensa, analisávamos o confronto com parcimônia. “Acredito que falta um pouco de criatividade à Felicidade, pois sempre encontra a Tristeza pelo caminho. Assim vai terminar empatado”, dizia o comentarista. “Informações oriundas do vestiário dão conta de que o técnico dos visitantes pede ainda mais marcação aos tristes, impedindo qualquer subida mais forte dos felizes no segundo tempo”, alertava o repórter.

O segundo tempo trouxe uma novidade: Felizão, que estava meio alheio ao jogo, deu lugar a Carisma no meio-campo, para soltar o time. Dito e feito; com a bola rolando, o time da Felicidade começava a dominar o jogo e o recém-chegado armador colocou Sacana para jogar pelo lado esquerdo. Cruzamento certeiro de Ruben Paz para abrir a lata da Tristeza. Caçapa! O adversário sentiu o golpe. Pura Mágoa passou a discutir constantemente com Emburrado, lembrando a derrota anterior contra a Saudade. Os mandantes criaram mais três oportunidades, deixando João Tristonho inconsolável. Hilário e Di Prazer fecharam o placar. Três a zero com Carisma fazendo a diferença e saindo como melhor em campo.

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