Embora o termo "cartola", como se costuma chamar os dirigentes de clubes e federações, seja empregado algumas vezes de forma pejorativa, é forçoso reconhecer que devem-se a esses abnegados desportistas a existência daquelas entidades que guardamos no coração com seus feitos grandiosos de que tanto nos orgulhamos.
Tanto nos cargos de natureza governamental quanto nos de caráter esportivo e congêneres sempre existiram e sempre existirão os bons e os maus administradores.
O Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil e do mundo, perdeu na manhã desta terça-feira (1º/8/17) não apenas um bom mas um excepcional dirigente de sua trajetória de grandes conquistas.
O ex-presidente Hélio Vokmer Dourado, popularmente conhecido como Hélio Dourado, que morreu hoje aos 87 anos, foi um dos mais importantes condutores gremistas de sua história.
Ele foi o pioneiro na missão de projetar o clube nacionalmente, haja vista que sob sua competente administração o mosqueteiro do Pampa alcançou o primeiro campeonato de âmbito nacional de sua história, representada pelo título de campeão brasileiro de 1981.
Pode-se dizer que a partir dessa importante conquista, o Grêmio robusteceu-se na sua conformação clubística, tornando-se apto a galgar patamares ainda mais elevados, conquistando em 1983, sob a presidência de Fábio André Koff, os títulos da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes.
Mas Hélio Dourado, que dirigiu o Grêmio entre 1975 e 1981, não se tornou uma expressão gremista apenas acerca de resultados conquistados em campo. O glorioso ex-dirigente também deixou sua marca de grande administrador no aspecto patrimonial da agremiação.
Coube-lhe a arrojada iniciativa de concluir o anel superior do estádio Olímpico, tornando-o o primeiro do sul do país com arquibancadas totalmente cobertas, passando a denominar-se a partir de então estádio "Olímpico Monumental".
Por sua obra grandiosa nas hostes tricolores, iniciada a partir de 1967, quando ingressou no quadro de conselheiros do clube, Hélio Dourado deixa seu nome eternizado na agremiação a que tanto se dedicou, em função das várias homenagens honoríficas de que se tornou alvo.
Entre elas, cumpre destacar o título de Grande Benemérito, em 1997, e a escolha de seu nome para o Centro de Treinamento de Eldorado do Sul", que ajudou a construir.
No ano de 2011, deixou sua marca na Calçada da Fama do Estádio Olímpico, ao lado dos atletas campeões Roger e Émerson, dos quais aliás foi antigo colega, já que também atuou como "operário da bola".
O novo e eterno Patrono do Grêmio, Hélio Dourado (6 vezes presidente do clube), nasceu no dia 20 de março de 1930, na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, tornando-se sócio da agremiação em 1941, portanto com 11 anos de idade.
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