Jeremias Wernek e Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
O Grêmio usou do veneno do Internacional para vencer o Gre-Nal 410. Neste domingo (3), em pleno Beira-Rio, o Tricolor venceu por 1 a 0 com Douglas sendo goleador. O gol do meia saiu em contra-ataque, como costuma jogar o Colorado. A vitória encurta a distância em relação ao líder Palmeiras, que entra em campo na segunda-feira (4), contra o Sport.
A vitória na 13ª rodada do Brasileirão leva o Grêmio aos 24 pontos. O Palmeiras, que completa a rodada no novo horário criado pela CBF, tem 25. O Inter segue estacionado nos 20.
Na próxima rodada, o Inter encara o Santa Cruz, em Recife. Já o Grêmio pega o Figueirense, em casa. Os dois jogos serão no domingo (10), com o Colorado atuando às 16h e o Tricolor às 11h (Brasília).
Inter começa devagar e vai para o abafa depois
De um começo à espera do Grêmio e lento até um jogo com marcação pressão e muita pressa. O Inter mudou muito dentro do próprio jogo. Iniciou tentando quebrar a lógica, com transição lenta, e penou. Não conseguiu explorar os lados, como em outras partidas, e fechou o primeiro tempo sem o controle e com apenas duas boas chances de gol.
No segundo tempo o Colorado foi completamente diferente. Empurrou o jogo para o trecho final e em menos de 20 minutos, teve o dobro de chances para marcar. A marcação pressão arrefeceu na parte final do duelo, com acréscimo de ansiedade e sua consequência: muitos passes errados, mas ainda assim a proposição do jogo. Insistência em finalizações de fora da área.
Grêmio desmonta Inter no início e resiste no final
Com amplitude e dobras, o Grêmio dominou até o intervalo. Engoliu a proposta do Inter no meio-campo, mas não teve contundência suficiente para marcar mais de um gol. O gol foi uma ironia. O time vocacionado a criar começou a jogada fazendo aquilo que o adversário tem de melhor: desmontar. Em contra-ataque rápido, Luan serviu Everton e ele chutou. No rebote, Douglas marcou. A despeito da arma rival, os visitantes tiveram outras três oportunidades para converter.
Depois do intervalo, o Tricolor flertou com o perigo recuando as linhas e sendo encaixotado pelo Inter até os 20 minutos. Mesmo com pequenas derrotas, como em divididas, um contra um, resistiu. A pressão e talvez o cansaço retiraram as forças para jogar no contra-ataque - até as substituições. Com elas e o desespero do Inter, amenizou o abafa.
Argel troca de proposta com 30 minutos
A série de quatro jogos sem vitória fez Argel Fucks mudar o Inter mais uma vez. Fabinho voltou ao time depois de cumprir suspensão contra o Flamengo. A proposta ruiu com menos de 30 minutos, quando Fernando Bob foi sacado para entrada de Gustavo Ferrareis. No segundo tempo, com 25 minutos, o treinador apostou tudo que tinha. Colocou Valdívia e depois Anderson para empurrar o time à frente. O all in, termo usado no poker, deu volume. E só.
Roger mantém Everton e marca mais atrás
Com a bola, o Grêmio fez exatamente aquilo que lhe confere identidade. Circulação, amplitude, linhas próximas. Sem a bola, Roger Machado empregou um princípio específico: marcação baixa. Sem pressionar o rival, o treinador não deu espaço para o Inter jogar bola longa e ganhar terreno. Manteve Everton na equipe e deixou Bolaños como opção para o segundo tempo. Com o camisa 11, também forçou William - peça importante no modelo de Argel, sobrecarregado.
Em forma de protesto, Inter faz jogada para aumentar pressão no Grêmio
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