Foi-se o tempo em que o futebol brasileiro dava as cartas no exterior e encantavas os gringos com uma porção de protagonistas nos principais clubes do mundo. A realidade atual é diferente e fere a memória reflexiva dos mais “velhos”, como este blogueiro aqui, que vivenciaram uma época de ouro, em que tínhamos Rivaldo, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho, Romário, Djalminha, entre outros craques jogando e vencendo no Velho Continente.
Admitir que atualmente temos mais coadjuvantes do que protagonistas no futebol europeu não se trata de um complexo de inferioridade como muitos podem rotular, mas sim a verdade dos fatos. De cara, aponto dois brasileiros lá fora, que brilham e fazem jus à magia do atleta tupiniquim em campos gringos: Neymar, no Barcelona, e Philippe Coutinho, no Liverpool.
É fato que no futebol inglês temos uma legião brasileira de bons jogadores. Oscar e William, ambos do Chelsea, vivem grande momento, mas não os classifico como protagonistas na equipe de José Mourinho.
Tal afirmação pode causar polêmica, é fato, mas mesmo que os dois citados acima pudessem ser vistos além de bons jogadores e ótimos coadjuvantes, o número de brasileiros com destaque nos campos do exterior seria ainda ínfimo se comparado a outras gerações de craques que encantaram mundo afora.
Na verdade, isso reflete o atual momento do futebol brasileiro. A geração atual tem suas deficiências. É ainda rica em talento, mas fica devendo para outras gerações. O mercado europeu segue aberto ao jogador brasileiro, mas as cifras e o assédio apontam o lado coadjuvante do jogador brasileiro atual.
Além da Inglaterra, o Brasil tem jogadores espalhados por outros continentes importantes e menos importantes no mundo do futebol. No entanto, com exceção destes citados acima, gostaria de convidar o amigo a fazer um exercício de memória e lembrar qual jogador se difere e ocupa um patamar igual ou melhor a Neymar e Coutinho.
Thiago Silva, David Luis, Lucas, todos do Paris Saint Germain, da França? Admito que são grandes estrelas, mas não consigo vê-los como protagonistas.
Em tempo: quando classifico um brasileiro como apenas coadjuvante lá fora não é uma crítica pessoal ao jogador com objetivo de desmerecer seu potencial ou diminuir o futebol brasileiro a um patamar que não é o dele. Até porque, acredito que um time possa alcançar título com um time recheado de bons coadjuvantes. Protagonistas como Neymar e Philippe Coutinho fazem a diferença, é fato, mas uma equipe com bons coadjuvantes como os brasileiros citados acima também pode fazer história e conquistar títulos.
A atual realidade do futebol brasileiro deve servir de alerta para todos os profissionais que trabalham com esporte no Brasil. O material humano segue em alta, sendo um dos melhores do mundo, mas é preciso ser tratado melhor, com mais atenção e competência.
O futebol pentacampeão do mundo precisa voltar a ser protagonista fora do país.
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Imagem: Reprodução
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