A unanimidade em torno de Nilton Santos é tão grande que o nome do lateral foi o único a pegar rapidamente após rebatizar o Engenhão

A unanimidade em torno de Nilton Santos é tão grande que o nome do lateral foi o único a pegar rapidamente após rebatizar o Engenhão

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

O adeus definitivo de Nilton Santos aos torcedores do Botafogo completa dois anos nesta sexta-feira, mas a idolatria ao ex-lateral esquerdo do clube e da seleção brasileira aumentou consideravelmente nos últimos meses. Com o estádio alvinegro rebatizado com o nome do craque e um documentário sobre sua vida lançado na última quinta, não há dúvida de que a Enciclopédia do Futebol ainda é muito popular entre a torcida do time de General Severiano, mesmo mais de 50 anos após sua última partida oficial, disputada em 1964.

Apenas torcedores hoje com mais de 60 anos podem dizer que acompanharam a carreira de Nilton Santos pelo Botafogo, mas a presença do ex-lateral como referência mesmo entre os jovens é inegável. Não à toa, o atual dono da camisa 6, Thiago Carleto, fez questão de dizer que se inspira no ídolo alvinegro já em sua apresentação pelo clube. Em muitos momentos, o jogador é lembrado antes de Garrincha em listas de maiores personagens da história do time de General Severiano.

"Eu não tenho dúvida que o Nilton é o maior símbolo não só como ex-jogador, mas esportivo, não só do Botafogo, como do país. Foi tão especial que não enfrenta resistência de outras torcidas, é reverenciado no mundo inteiro. Esse orgulho é imenso, principalmente por só ter tirado nossa camisa pela seleção. É a síntese do nosso melhor", definiu o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.

A unanimidade em torno de Nilton Santos é tão grande que o nome do lateral foi o único a pegar rapidamente após rebatizar o Engenhão, em fevereiro deste ano. Durante a gestão anterior, do presidente Mauricio Assumpção, o Alvinegro tentou emplacar a alcunha de Stadium Rio durante anos, mas sem chegar nem perto do sucesso da nova denominação.

"Eu não tenho a menor dúvida, acho que nome foi escolhido porque quem teve o privilégio de conhecer o Nilton, não tem a menor dúvida da pessoa que ele era. E a maior homenagem é dar o nome do maior equipamento do Botafogo a ele. O campo de General Severiano já era Nilton Santos desde que retornamos para lá, em 1994. E agora, depois que tomamos posse, vimos uma quase obrigação de fazer essa homenagem", explicou o presidente.

Antes de renomear o estádio em homenagem ao ídolo, o Botafogo já havia inaugurado uma estátua de Nilton Santos em frente ao local em 2009. O antigo Engenhão foi inaugurado em 2007, mais de quatro décadas após o fim da carreira do craque, mas a ligação com o Alvinegro fez com que ele se tornasse um tributo constante ao jogador, que hoje, infelizmente, está somente nos sonhos dos torcedores.

Foto: UOL

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