O Brasil pode mesmo ficar sem um piloto na Fórmula 1 na próxima temporada, em razão de Felipe Massa não ser neste momento uma unanimidade na Williams, que além dele tem outras duas opções para 2018: o polonês Robert Kubica e o escocês Paul Di Resta. A outra vaga do time inglês está assegurada para o canadense Lance Stroll.
O mineiro Sérgio Sette Câmara, que esteve em São Paulo na última semana participando das ações de seu patrocinador master, a Acer, durante a Brasil Game Show, respondeu com exclusividade algumas perguntas para o Bella Macchina, canal de automobilismo do Portal Terceiro Tempo, no estande da empresa.
Entre as indagações feitas ao piloto, que está em seu ano de estreia na Fórmula 2, pela equipe holandesa MP Motorsport, uma foi justamente sobre a possibilidade de o Brasil não ter nenhum representante na F1 em 2018, caso Massa não renove com a Williams, e se ele acha que pode haver uma "movimentação" para que um brasileiro esteja no grid pelo menos em 2019.
"As pessoas vão tomar um susto se não tiver um piloto brasileiro na F1. Depende muito de mim, no final das contas eu preciso ter um resultado top-3 ou top-5 na F2, é preciso ter um resultado muito bom, que vai ajudar, mas não é tudo", ponderou Sette Câmara, que teve seus melhores resultados na reta final do campeonato deste ano da F2, com a vitória em Spa-Francorchamps (Bélgica) e o segundo lugar em Monza (Itália).
Outro questionamento a Sérgio Sette Câmara foi acerca da F-E, categoria que ruma para sua quarta temporada, e que não é descartada pelo piloto, caso o ´plano A´, hoje a F1, não se concretize em um futuro próximo.
"A F-E, para chamar atenção nesses primeiros, colocou pilotos que tinham nome, mais velhos, para `chamar´ as pessoas para assistirem as corridas. A tendência é colocarem pilotos mais jovens, com cabeça aberta para todas essas novas informações e tecnologias que a gente vê na F-E, e com o tempo o perfil dos pilotos vai mudar na categoria", aposta Sette Câmara, que está com 19 anos e disputará em 2018 sua segunda temporada na F2, restando ainda definir se por uma outra equipe ou pela mesma MP Motorsport.
Aliás, sobre a temporada de 2018, vale lembrar que ela será disputada com um carro diferente para todos os pilotos, maior em 159 milímetros no comprimento e com nova motorização, um V6 turbo de 3,4 litros fabricado pela francesa Mecachrome, que substitui o V8 aspirado de 4,0 litros. Em termos de segurança, o novo F2 será dotado do halo, mesmo recurso que a F1 utilizará no próximo ano.
O próximo compromisso de Sérgio Sette Câmara na F2 será a rodada dupla de Abu Dhabi, nos dias 25 e 26 de novembro, na etapa de encerramento do campeonato, que coincide com o término da temporada da F1. Antes disso, na semana anterior à etapa de Abu Dhabi, ele participa do icônico GP de Macau da F3, no Circuito da Guia, onde ele detém o recorde de volta mais rápida. Ele conduzirá um dos carros da Motopark, equipe alemã com a qual competiu na F3 Europeia nas temporadas de 2015 e 2016.
ABAIXO, VÍDEO EXCLUSIVO DE SÉRGIO SETTE CÂMARA RESPONDEDO PERGUNTAS PARA O BELLA MACCHINA, GRAVADO NO ESTANDE DA ACER, DURANTE A BRASIL GAME SHOW, EM SÃO PAULO. COLABORAÇÃO: LUCIANO BELFIORE. EDIÇÃO DE LUCAS MICHELETTI
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