Tricampeão da F1 poderia ser bom em esportes náuticos mas teria dificuldade em formar dupla no vôlei. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

Tricampeão da F1 poderia ser bom em esportes náuticos mas teria dificuldade em formar dupla no vôlei. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

Tomando por base algumas declarações de Nelson Piquet, imagino o quanto seria divertido se, ao invés de piloto de Fórmula 1, tivesse derramado seu talento como atleta olímpico.

Em 1981, após vencer o primeiro de seus três títulos mundiais na F1, foi indagado a quem dedicaria a conquista:
"Dedico a mim mesmo, pô", disse sem pestanejar.

Claro que  Piquet sabe que não ganhou sozinho seu campeonato. Contou com o belo trabalho da Brabham, sua equipe, a quem sempre foi grato.

Mas não caiu no "pachequismo" de dizer que dedicava seu triunfo ao povo brasileiro e coisa e tal. Foi sincero.

Ele sempre foi grato a quem o apoiou, como a BMW, por exemplo.

Em 1982 desenvolveu o motor turbo para a montadora alemã na mesma Brabham, e ganhou o título no ano seguinte.

Então, imaginando o Nelson Piquet "olímpico", pensei no seguinte:

No salto triplo, passaria um ano desenvolvendo uma nova sapatilha para bater o recorde mundial. E nada de choradeira no topo do pódio. Tiraria sarro do segundo colocado caso o medalha de prata tivesse o nariz torto, como Alain Prost...

No vôlei de praia sua vida talvez não fosse muito fácil, principalmente se o seu companhero de dupla fosse casado com uma mulher não muito bonita...

Basta lembrar o que respondeu em seus tempos de Williams quando perguntaram a principal diferença entre ele e Mansell.

"Eu gosto de mulher bonita", disparou gargalhando.

Além disso, se o seu companheiro de areia não fosse dedicado o suficiente, a parceria talvez não durasse um set...

Como velocista, espécie de "Nelsin" Bolt, ao término da prova dos 100m rasos, vem o repórter no melhor estilo "Ernesto Varela" e pergunta:

"Atrás do quê os corredores correm" (Varela, personagem criado por Marcelo Tas nos anos 80 perguntou isso a Piquet em Jacarepaguá), e a resposta foi a seguinte:

"Atrás de grana meu amigo, atrás de grana!", retrucou.

Claro que Piquet seria imbatível nos esportes náuticos. Na F3 ele bolou as barras estabilizadoras reguláveis de dentro do carro, e na F1 o reabastecimento e o aquecimento dos pneus. Nos barcos, certamente, faria um desenho de vela revolucionário, um leme melhor na hidrodinâmica. Venceria tranquilamente.

Engraçado mesmo seria Nelson Piquet na maratona.

Liderando a prova, aí um maluco de um padre irlandês invade o trajeto e atrapalha Nelson, como aconteceu com Vanderlei Cordeiro de Lima, primeiro colocado a seis quilômetros de vencer em Atenas-2004.

Na ocasião, Vanderlei, que acendeu a pira olímpica nos Jogos do Rio, ainda conseguiu a medalha de bronze.

Nelson dificilmente chegaria entre os dez primeiros em uma situação semelhante. Daria uns bons sopapos no padre irlandês, a exemplo daquilo que fez com Eliseo Salazar, quando o chileno, retardatário, o tirou do GP da Alemanha de 82, quando liderava a corrida no velho Hockenheim.

Com os olhos fechados, antes da largada na canoagem, Nelson pegaria no sono, como acontecia no grid da F1, minutos antes da prova começar, afinal teria ido dormir às 5h da manhã depois de uma noitada daquelas na Vila Olímpica. Talvez nem ouvisse o tiro de largada...

Não creio que ele teria sido um atleta olímpico exemplar.

Mas teria sido autêntico e divertido.

Na F1 foi medalha de ouro por três vezes, com três motores diferentes.

 

CLIQUE AQUI E VEJA A PÁGINA DE NELSON PIQUET NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?".

 

CLIQUE NO LOGO ABAIXO PARA ACESSAR A HOME DE AUTOMOBILISMO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO

Últimas do seu time