Somente três coisas param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha.
Assim disse Dario certa vez, um dos maiores goleadores do futebol mundial, centroavante implacável, exímio cabeceador com passagens por duas dezenas de clubes e pela Seleção Brasileira, tendo participado do grupo que conquistou o tricampeonato em 1970, no México.
Completando 78 anos nesta segunda (4), o carioca Dario José dos Santos, apelidado de Dadá Maraivlha e Dario Peito de Aço, brilhou e marcou muitos gols por Atlético-MG, Internacional (RS), Sport, Bahia e Flamengo, entre outros.
Sempre cobiçado pelo Corinthians, o atacante costuma dizer até hoje que gostaria de ter defendido o clube de Parque São Jorge.
Aliás, foi ao lado de Valdomiro, um dos algozes do Alvinegro na final do Campeonato Brasileiro de 1976, ocasião em que marcou o primeiro dos dois gols do Internacional, no Beira- Rio, na partida que deu ao time gaúcho o bicampeonato brasileiro consecutivo.
Folclórico, costumava batizar seus gols e dizer frases que até hoje são lembradas no meio futebolístico, como: "Podem vir com a problemática que eu tenho a solucionática" e "Não existe gol feio, feio é não marcar gol", entre outras.
Foi personagem central da polêmbica envolvendo João Saldanha, técnico da Seleção Brasileira antes da Copa do México, em 1970. O então presidente do Brasil, o ditador Emilio Garrastazu Médici, queria Dario no time canarinho, que não havia sido convocado por Saldanha.
O substituto de Saldanha, Zagallo, acabou convocando o centroavante, então no Atlético-MG.
Abaixo, com narração do saudoso Fiori Gigliotti, o primeiro gol colorado, de Dario, na final do Campeonato Brasileiro de 1976, que terminou 2 a 0 para o time gaúcho. Dario completou de cabeça, após a bola bater na barreira, em cobrança de falta de Valdomiro. Valdomiro foi o autor do segundo gol, em cobrança de falta.
Dario e Zico jogaram juntos no Flamengo. O Galinho de Quintino fez aniversário ontem
Ídolo da torcida do Internacional, Dario é abraçado pelo colorado Kledir, da dupla gaúcha Kleiton e Kledir, em 5 de abril de 2014, dia da reinauguração do Beira-Rio. Foto: arquivo pessoal de Kledir Ramil
O Inter, todo de branco, em 1976, no Beira-Rio. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Maria, Manga, Figueroa, Vacaria, Marinho Peres e Falcão. Agachados: Valdomiro, Jair, Escurinho, Caçapava e Dario