Cristóvão Borges está na marca do pênalti no Corinthians. Muitos podem perguntar e com razão: mas como, afinal o time é quarto colocado no Brasileirão e está a sete pontos do líder Palmeiras?

O futebol por aqui é assim e não é só o Corinthians que apresenta situações como essa. O treinador chegou contestado ao clube e desde que assumiu vive agora o momento de maior turbulência no comando da equipe. A derrota para o Santos (2 a 1), de virada, na Vila Belmiro, foi a gota d´água para a Fiel torcida pedir a cabeça do treinador.

Cristóvão errou ao fechar o time no segundo tempo, após uma primeira etapa eficiente, com um gol e com o controle do jogo. Bastou o treinador recuar o time e optar por jogadores defensivos para o Santos empatar e virar o placar. Foi frustrante para a Fiel e ruim para o time na tabela de classificação.

O Blog apurou que a pressão ao treinador parte também de pessoas próximas ao presidente Roberto de Andrade, que bancou o nome de Cristóvão no clube. Conselheiros acham o treinador muito discreto e gostariam de alguém mais “vivo” na beirada do campo. Soma-se a isso a oscilação do time, que vê a cada rodada o líder Palmeiras mais longe na liderança do nacional e o cenário está propício para que o comandante fique na corda bamba.

Essas pessoas, porém, esquecem que o time campeão do ano passado foi praticamente desmontando pela diretoria e apenas três jogadores titulares na conquista do hexa seguem no clube.

O dérbi com o Palmeiras, no próximo sábado, em Itaquera, pode definir a permanência do treinador no comando do time. Uma derrota e Cristóvão poderá cartão vermelho.

Quem acompanha futebol sabe da pressão que é uma derrota para o maior rival, sobretudo em casa e com o Alviverde na luta pelo título. No íntimo, Cristóvão também sabe disso.

Antes, o Corinthians enfrenta o Coritiba, nesta quarta-feira, fora de casa. Uma derrota poderá deixar o treinador ainda mais pendurado para o dérbi.

Nem mesmo a falta de nomes no mercado para substituir Cristóvão seguraria o treinador no cargo, diante de um revés para o arquirrival. A pressão é grande.

Nos bastidores, informações dão conta de que a diretoria já estaria no mercado e teria, inclusive, sondado alguns profissionais empregados. Tudo dentro de um roteiro normal, tratando-se de futebol brasileiro.

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Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians