A torcedor cruzeirense viu uma luz no fim do túnel e se animou com a chegada de Ronaldo Fenômeno, que se tornou sócio majoritário do clube mineiro. Mas a situação da Raposa ainda é delicadíssima e começará 2022 com muitas dívidas para pagar e com pouquíssima receita.

Segundo o Head de Investimentos da XP, Pedro Mesquita, parceiro do Cruzeiro para captar o investimento de Ronaldo, o clube de BH vive situação crítica.

“O Cruzeiro vai ter que passar um choque de gestão, vai ter que passar por um período de reestruturação. O Cruzeiro tem uma dívida de R$ 1 bilhão. Você tem que realmente fazer frente a essas dívidas. O Cruzeiro tem dívida na Fifa, com clubes, que hoje, por exemplo, tem que pagar uma dívida de transfer ban. Então, para começar o Campeonato Mineiro, tem que pagar uma dívida de R$ 22 milhões e tem mais outras dívidas que podem chegar nessa situação ainda no ano de 2022. Ou seja, tem um trabalho grande de reestruturação (...) O Cruzeiro, infelizmente, foi objeto de gestões muito ruins, que fizeram com que o clube chegasse uma situação e irresponsáveis, porque não tinha um dono. Então, eu acho que o Ronaldo vai trazer a credibilidade ao clube na praça e, aos poucos, o Cruzeiro vai conseguir ajustar e alçar voos que teve no passado”, disse Mesquita em entrevista ao GE.

“Do ponto de vista de receita, o Cruzeiro antecipou muita coisa já, contratos de televisão, contratos de patrocínio. Realmente, precisa se ver qual o tamanho do buraco para se entender o que vai ser necessário no primeiro ano. Realmente, é uma situação muito grave. E o Cruzeiro precisava, urgentemente, da injeção de capital, porque o clube está, realmente, insolvente”, completou o representante da XP, que mostra confiança na recuperação cruzeirense.

“A situação é crítica. Situação é muito difícil. Mas acredito que, com o investimento feito, com a chegada de investidor de um altíssimo calibre, que é o Ronaldo, o Cruzeiro volta aos trilhos e, realmente, dá para melhorar muito e fazer tudo de uma forma mais correta. Com certeza, o clube vai voltar a alçar voos maiores num médio e longo prazo’, declarou.