Em tratativas para deixar o Corinthians e se tornar treinador do Al-Hilal, da Arábia Saudita, Fábio Carille tem a saída prevista pela direção corintiana há alguns meses. O próprio Carille, desde a mudança de presidente em fevereiro, passou a entender que seu futuro provavelmente passaria longe do Parque São Jorge. Ao mesmo tempo, o nome de Osmar Loss para ser o favorito à sucessão ganhou força.
Há algumas semanas, Carille ouviu de dirigentes corintianos que se sentisse à vontade para, diante do assédio de outras equipes, eventualmente optasse por sair. Em fevereiro, foi o Atlético-MG que o procurou. Desde então, o Flamengo também demonstrou interesse, rumores apontaram para o Sevilla e, há poucos dias, o Al-Hilal se tornou a bola da vez. O treinador considera a oferta irrecusável, como disse seu pai.
A relação com o presidente Andrés Sanchez é um ponto importante dentro desse roteiro. Andrés não entrou em atrito com Carille, e a relação entre ambos, segundo as pessoas próximas, é cordial. Ainda assim, o treinador tem feito queixas internas sobre a falta de sintonia com Andrés, que em contato com a reportagem do UOL Esporte reforçou não haver qualquer tipo de problema entre eles.
Mas, como a reportagem mostrou em fevereiro, a chegada de alguns atletas que são apostas do mandatário não foram bem recebidas por Carille. A maioria desses nomes está ligada à ideia de Andrés em adquirir jogadores jovens para serem preparados para o futuro a um preço, segundo ele avalia, abaixo do mercado. Esse processo engloba Matheus Matias, Marllon, Bruno Xavier e Thiaguinho, que chegaram ao clube durante a temporada, mas jamais foram escalados. O último nome com o perfil foi o meia Fessin, por quem o Corinthians pagará R$ 2 milhões ao ABC.
A projeção interna de que Osmar Loss também ganharia espaço é antiga, mas cresce desde que Sanchez se tornou presidente, em fevereiro. Quatro vezes seguidas finalista da Copa São Paulo, sendo bicampeão, ele foi promovido a auxiliar de Carille em janeiro de 2017 e há algum tempo é internamente visto como o sucessor ideal. Avaliado como inteligente, dedicado e discreto, Loss se esforça em evitar holofotes, justamente para não causar ciúmes ou qualquer tipo de pressão com Carille. Suas entrevistas são raríssimas, mas a importância é reconhecida pelos pares.
O entendimento no Corinthians é que Osmar precisava passar pela experiência como auxiliar para amadurecer a ponto de estar pronto para o tamanho do cargo que poderá ocupar caso Carille se mude para a Arábia Saudita. Loss demonstrou problemas de temperamento nas breves oportunidades como técnico profissional - no Juventude, no Internacional e no Bragantino. Mas é, já há algum tempo, ciente de que o plano de Andrés é que ele seja o sucessor. Entre outros motivos, para reduzir custos de comissão e aumentar a aposta em um elenco mais jovem. Até por isso, afastou a hipótese de saída quando foi convidado pelo Paraná Clube no começo do ano.
Assim como ocorreu quando Tite se mudou para a seleção brasileira, a aposta do Corinthians é de que a eventual perda do treinador não represente a mudança da filosofia de trabalho. À época, o primeiro convidado foi o ex-auxiliar Sylvinho, que recusou. Nesse caso, caso Carille decida pela mudança, a aposta deve ser na mesma linha, mas em Osmar Loss.
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