Islândia quer surpreender em sua primeira Copa

Islândia quer surpreender em sua primeira Copa

Por João Antonio de Carvalho

A seleção da Islânda vai disaputar a sua primeira Copa do Mundo, mas nem por isso é uma total desconhecida. Os islandese fizeram uma ótima Eurocopa em 2016, quando se classificaram de forma invicta na primeira fase, num grupo que tinha Hungria, Portugal e Áustria. Nas oitavas-de-final eliminaram a atônita Inglaterra e só foram parados nas quartas pela França, que goleou por 5 a 2.

A classificação da Islândia nas eliminatórias européias aconteceu ao terminar seu grupo em primeiro lugar, com 22 pontos, à frente da Croácia, que ficou com 20. Foram cinco pontos de vantagem sobre a Ucrânia, terceira colocada.

O treinador da Islândia é Heimir Hallgrímsson, de 50 anos, que está na seleção desde 2011. Primeiro ele foi auxiliar de Lars Lagerback e a Islândia se classificou para a repescagem para a Copa de 2014, mas foi eliminada pela Croácia. A seguir assumiu o comando ao lado de Lagerback e a partir de 2016, com a aposentadoria do sueco é o treinador principal. Adorado pelos jogadores e trabalhando num país sem muita tradição no futebol, ele também trabalha como dentista, sempre que tem folga na seleção.

A principal esperança da Islândia na Copa do Mundo é o meia Gylfi Sigurdsson, de 28 anos, que joga no Everton, da Inglaterra. Iniciou a carreira com 16 anos, no Reading e já jogou no Swansea, do País de Gales, e Tottenham, além de uma passagem de dois anos pelo Hoffenhein, da Alemanha. Sigurdsson é um armador de ótimo passe e excelentes finalizações, inclusive de longa distância. Suas boas atuações na Eurocopa e nas eliminatórias foram responsáveis pela sua contratação pelo Everton, que pagou 45 milhões de libras (188 milhões de reais), a mais cara contratação do clube.

O principal jogador da história da Islândia é Eidur Gudjohnsen, hoje com 39 anos, mas que chegou a participar da campanha histórica na Euro 2016. Em seus mais de 22 anos de carreira brilhou em equipes como PSV, da Holanda, Chelsea, Fulham e Bolton e Tottenham, da Inglaterra, Monaco, da França, Barcelona, da Espanha, e Brugge, da Bélgica. Ele é o maior artilheiro da história da seleção da Islândia, com 26 gols em 88 jogos e também o recordista islandês em partidas e gols na Liga dos Campeões da Europa, com 44 jogos e 7 gols. Gudjohnses chegou a se oferecer para jogar na Chapecoense após o acidente que vitimou praticamente todo time catarinense, em 2016. Seu pai, Arnor Gudjohnsen, jogou 74 partidas pela seleção e fez 14 gols. Os dois chegaram a jogar juntos, numa vitória de 3 a 2 sobre a Estônia, quando o filho substituiu o pai, tendo apenas 17 anos.

Goleiros

1 – Hannes Pór Halldórsson – Randers (Dinamarca)
12 – Frederik Schram – Roskilde (Dinamarca)
13 – Rúnar Alex Rúnarsson – Nordsjaelland (Dinamarca)

Defensores

2 – Birkir Már Saevarsson – Valur (Islândia)
5 – Sverrir Ingi Ingason – Rostov (Rússia)
6 – Ragnar Sigurdsson – Rostov (Rússia)
14 – Kári Árnason – Aerdeen (Escócia)
15 – Hólmar Örn Eyjólfsson – Levski Sofia (Bulgária)
18 – Hördur B. Magnússon – Bristol City (Inglaterra)
23 – Ari Freyr Skúlason – Lokeren (Bélgica)

Meias

3 – Samúel K. Fridjónsson – Valerenga (Noruega)
4 – Albert Gudmundsson – PSV (Holanda)
7 – Jóhann Berg Gudmundsson – Burnley (Inglaterra)
8 – Birkir Bjarnason – Aston Villa (Inglaterra)
10 – Gylfi Sigurdsson – Everton (Inglaterra)
16 – Ólafur Ingi Skúlason – Karabukspor (Turquia)
17 – Aron Einar Gunnarsson – Cardiff City (País de Gales)
19 – Rúrik Gíslason – Sandhausen (Alemanha)
20 – Emil Hallfredsson – Udinese (Itália)
21- Arnór Ingvi Traustason – Mälmo (Suécia)

Atacantes

9 – Björn B. Sigurdarson – Rostov (Rússia)
11 – Alfred Finnbogason –Augsburg (Alemanha)
22 – Jón Dadi Bödvarsson – Reading (Inglaterra)

Últimas do seu time