Tricolor e Santos só precisam empatar. Colorado tem que empatar com gols

Tricolor e Santos só precisam empatar. Colorado tem que empatar com gols

Cumpridos 50% das quartas de final da Copa do Brasil, no meio da semana, já se torna possível fazer um projeção acerca dos prováveis semifinalistas do torneiro, com base nos resultados dos jogos realizados e naquilo que cada time revelou em termos de potencial futebolístico.
 
À luz do que se viu nos quatro jogos realizados na quarta-feira, apenas Fluminense e Grêmio deixaram o gramado, após o apito final, com possibilidades praticamente iguais de passar à etapa semifinal da competição, no segundo jogo das quartas de final, previsto para o dia 30 deste mês.

É verdade que o empate arrancado fora de casa dá ao Grêmio a vantagem da decisão em seus domínios, perante sua torcida,  mas esse é um handicap meramente teórico, haja vista que nem sempre tem se confirmado na prática.

Da mesma forma como o tricolor gaúcho não se intimidou diante da torcida adversária no Maracanã,  o time carioca das Laranjeiras pode ignorar o fator adverso do jogo fora e alcançar uma vitória ou um empate com gols, que lhe daria a classificação  no jogo de Porto Alegre.

Tirante a hipótese de  classificação pelo critério do saldo de gols qualificado, o que se pode dizer sobre as chances dos tricolores gaúcho e carioca, nessa disputa de 180 minutos, é que elas são praticamente iguais, por se tratar de duas equipes que não vivem seus melhores momentos, do ponto de vista técnico e tático, conforme foi visto no jogo do Maracanã, que mais pareceu uma pelada de rua.
 
O placar sem abertura de contagem pode até ser considerado, falando em tom figurado,  demasiadamente elevado, considerando o que ambas as equipes produziram em campo

O mais correto, se isso fosse possível , seria o jogo ter acabado com um empate em  (-1) a (-1), tal a inoperância ofensiva de ambos os contendores, que pareciam dois times de coroas disputando um jogo do "campeonato municipal da terceira idade". 

Nos outros três jogos da primeira fase das quartas de final da Copa do Brasil, torna-se possível apontar dois virtuais classificados e um provável classificado para a semifinal do torneio.

Um dos virtuais classificados é o  São o São Paulo,  que impôs suja abismal superioridade ao desfigurado Vasco da Gamada, construindo em casa o folgado placar de 3 a 0, praticamente irreversível na partida decisiva do dia 30 no Rio de Janeiro.

O outro é o Santos, que bateu o Figueirense em casa, no primeiro jogo das quartas de final, pelo escore mínimo, levando para o jogo no Alçapão da Vila Belmiro  a vantagem de poder se classificar com  um  empate por qualquer placar.

É verdade que o alvinegro de Floripa pode reverter essa situação e eliminar o Peixe no torneio com uma vitória por qualquer escore superior a 1 a 0, mas com esse futebolzinho que o faz penar na Zona de Rebaixamento do Brasileirão dificilmente alcançará tal objetivo.

O provável classificado para a semi final, que não se confunde com virtual classificado por ser uma vantagem menos ampla, é o Palmeiras, que empatou com o Internacional em 1 a 1 no Beira-Rio, num jogo em que foi superior e do qual só não saiu de campo vitorioso pelo excesso de desperdício nas chances de gol, inclusive um pênalti mal cobrado, que facilitou a defesa do goleiro Alisson.

A pergunta inevitável é se o colorado gaúcho pode desfazer a vantagem palmeirense de se classificar com um empate em 0 a 0 no jogo de São Paulo.

Até pode, mas para isso o técnico Argel terá que conseguir, nos próximos treinamentos do Parque Gigante, delinear um esboço de time, algo que até agora não se viu no esquadrão colorado, mesmo nas vitórias pouco convincentes (exceto o 6 a 0 no Vasco)  que melhoraram a situação do clube na tabela do Brasileirão.

A julgar pelo que se viu na horrorosa apresentação colorada  no primeiro jogo das quartas de final, a chance do Inter arrancar um empate com gols ou uma vitória, no confronto decisivo na Arena do Palmeiras, é quase tão remota quanto à do Avái passar pelo Santos na decisão da Vila Belmiro.

Ao dizer isso, estou afirmando - não querendo dar a entender - que o novo técnico colorado praticamente nada acrescentou ao time, em termos qualitativos, em relação àquela equipe treinada por Diego Aguirre.

Talvez o maior feito de Argel Fucks tenha sido reabilitar Paulão na zaga do Inter, mas até isso já está sendo esquecido pelos preocupados torcedores colorados, diante das falhas gritantes que a defesa do time tem cometido nos últimos  jogos, revelando um nítido desentrosamento com o meio de campo, motivado certamente pela ausência de um padrão de jogo consistente que dê solidez ao time.
 

Por enquanto a diferença sentida na troca de técnico no Beira-Rio caracteriza-se no fato de Argel gritar mais com seus comandados, à beira do gramado, do que Diego Aguirre, que se portava de forma mais discreta nesse particular;

Mas isso,  convenhamos,  não é nenhuma vantagem, haja vista que futebol não se ganha no grito e sim na imposição de uma superioridade  tática e técnica ao time antagonista, fruto de um trabalho competende do técnico, na esquematização de jogo da equipe.

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 Foto: UOL

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