Conselho Deliberativo decidiu pela permanência de Roberto de Andrade

Conselho Deliberativo decidiu pela permanência de Roberto de Andrade

Dassler Marques e Ricardo Perrone
Do UOL, em São Paulo

Não haverá impeachment no Corinthians. Na noite desta segunda-feira, a maioria do Conselho Deliberativo do clube votou a favor do presidente Roberto de Andrade e fez com que fosse arquivada a possibilidade de afastamento do atual mandatário. Foram 181 votos a favor do mandatário, contra 85 contrários.

O processo de destituição de Roberto de Andrade foi aberto no dia 22 de novembro com a assinatura de 63 conselheiros. Desde então, a estratégia do grupo de apoio a Roberto foi se aproximar de outros grupos políticos e também tentar unir novamente a situação.

Próximos a Paulo Garcia, presidenciável para 2018 e candidato em outros pleitos, Antonio Jorge Rachid Junior e Flávio Adauto se tornaram, respectivamente, secretário geral e diretor de futebol. A outros aliados, Roberto de Andrade prometeu um estilo de comando de coalizão e menos centralizador. No meio do processo, ele negou pedido do ex-presidente Andrés Sanchez para que Raúl Correa Jr. (finanças), Luís Paulo Rosenberg (marketing) e ele próprio, Andrés (futebol), voltassem à gestão.

Outra estratégia da situação foi atacar as causas do processo de impeachment. Dois pontos encabeçaram a proposta da oposição: as assinaturas de uma ata de reunião da Arena Corinthians e de renovação de contrato para o estacionamento de estádio com a empresa Omni. Nos dois casos, as datas das firmas eram anteriores à eleição em fevereiro de 2015.

Em contra-ataque, a situação rompeu de maneira unilateral com a Omni e anunciou acordo com a Indigo, ainda que a prestadora de serviço anterior não tenha aceitado de imediato essa quebra. Aberto em consequência da assinatura irregular de Roberto, um inquérito da Polícia Civil foi freado por meio de habeas corpus. A investigação tratava sobre crime de falsidade ideológica.

Em sua defesa, Roberto de Andrade afirmou também com provas documentais que, ainda que as datas das assinaturas fossem de fevereiro de 2015, elas de fato só teriam sido colocadas no papel em abril. O presidente tratou as firmas como `equívoco´.

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