Cláudio Adão, o ‘nômade da bola’, comemora 68 anos
Cláudio Adão, o ‘nômade da bola’, comemora 68 anos
Por Redação Terceiro Tempo - 02/07/2023 15:00
O oportunista Cláudio Adão defendeu os dois times mais populares do Brasil: Flamengo e Corinthians
Um dos maiores "nômades" do futebol (ao todo, trocou de clube 29 vezes), Cláudio Adão comemora neste domingo 68 anos de idade. Dentre os clubes que defendeu, estão Santos, Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense, Portuguesa, Corinthians e outras várias equipes.
Abaixo, leia o perfil de Adão na seção “Que Fim Levou?”, em texto assinado por Rogério Micheletti:
Nascido no dia 2 de julho de 1955, em Volta Redonda (RJ), Cláudio Adão começou a carreira de jogador no Santos, equipe que defendeu de 1972 a 1976. No Peixe, Cláudio Adão foi uma espécie de "estrela solitária", já que o time da Vila havia sofrido uma reformulação no elenco e sofria com a ausência de Pelé, que tinha ido para os Estados Unidos.
E essa estrela quase se apaga quando, em um Santos x América, em São José do Rio Preto, no Estádio Mário Alves de Mendonça, onde hoje há um Atacadão, Cláudio Adão se machucou. A contusão foi tão séria, que os jogadores formaram um círculo em volta dele (e do sangue que se espalhou). Nesse momento, o médico do time da Baixada, o Dr. Daló Salerno, viu a fratura exposta e falou algo parecido com um "ai, meu Deus, esse daí não joga nunca mais?. Como é que um médico fala um negócio desses? A situação foi realmente grave, Cláudio Adão fraturou a tíbia e o perônio, mas ele voltou a jogar pelo menos por mais 15 anos.
Depois de recuperado, Adão foi contratado pelo Flamengo em 77 e, apesar das contusões, fez boa dupla com Zico no time da Gávea. Artilheiro em praticamente todas equipes que defendeu, Cláudio Adão fez 591 gols em sua carreira, que foi encerrada na Desportiva (ES), em 1995.
Ele também defendeu as seguintes equipes: FK Austria (Áustria), Al Ain (Emirados Árabes), Benfica (Portugal), Bangu, Bahia, Cruzeiro, Portuguesa, Sport Boys (Peru), Campo Grande, Alianza (Peru), Ceará, Santa Cruz, Pesquero Chimbote (Peru), Volta Redonda e o Rio Branco (ES).
Adão nos times mais populares do país
O oportunista Cláudio Adão defendeu os dois times mais populares do Brasil: Flamengo e Corinthians. Com a camisa rubro-negra, no final dos anos 70, o centroavante fez 153 partidas (99 vitórias, 31 empates e 23 derrotas) e marcou 80 gols (fonte: Almanaque do Flamengo - Clóvis Martins e Roberto Assaf). Já pelo Corinthians, em 1989, Cláduio Adão jogou 32 vezes (16 vitórias, sete empates e nove derrotas) e marcou 13 gols (fonte: Almanaque do Corinthians - Celso Unzelte), destaque para um de calcanhar contra o arqui-rival Palmeiras no Campeonato Brasileiro daquele ano.
Em 08 de dezembro de 2012, em Porto Ferreira
Cláudio Adão conversa com Milton Neves em 08 de dezembro de 2012, na cidade de Porto Ferreira, antes de um jogo beneficente na cidade paulista
Milton Neves, Adilio e Cláudio Adão
Em pé, da esquerda para a direita, Tadeu, Marcos Assunção, não reconhecido, Emerson Sheik, Victor, Ganso, Fábio Luciano, a décima primeira é Ana Paula Oliveira, seguida por Wagner Tardelli, Ricardo Berna, Gustavo Kuerten, Correa, Ibson, Zetti, Fernando, não reconhecido, Rubens Júnior, Cláudio Adão e Juninho Fonseca. Agachados, da esquerda para a direita, Conca, Gabriel, Lucas, Wladmir, Milton Cruz, Amoroso, Sérgio Soares, Zico, Dinei, Vampeta, Amaral, André Cruz e Rodrigo.
Da esquerda para a direita, em pé: Gilberto Sorriso, Marcio Rossini, Fernando, Joãozinho Rosa, Willians e Nelsinho Baptista. Agachados: Juary, Nélson Borges, Claudio Adão, Pita e João Paulo. Foto enviada por Luís Carlos Ferreira
Jogo beneficente na cidade paulista de Porto Ferreira em 08 de dezembro de 2012. Com o calção nº 11 está Renato Carioca, seguido de Andrade (11), Rondinelli (3) e depois estão Adílio, Cláudio Adão e José Thomas Alexandre Colli, que organizou o evento. Milton Neves é o penúltimo
Cláudio Adão escalou assim sua Seleção de todos os tempos. Goleiro: Cejas; laterais: Carlos Alberto Torres e Júnior; zagueiros: Ramos Delgado e Figueroa; meias: Clodoaldo, Carpegiani, Adílio, Zico e Pelé; atacante: Paulo César Caju; técnico: Didi. Imagem: Revista Placar
Da esquerda para a direita, em pé: Serginho, Arildo, Alex, Índio, Pierre e Deda. Agachados: Anderson, Tunico, Cláudio Adão, Bigu e Pedro Paulo. Foto enviada por Gilvannewton
Da esquerda para a direita, agachado: Cláudio Adão é o quarto. Foto enviada por Gilvannewton
Da esquerda para a direita, agachados: Mazinho Loyola é o segundo e Cláudio Adão é o terceiro. Foto enviada por Gilvannewton
Em 30 de agosto de 2011. Cláudio Adão, de barba branca, na bonita noite para comemorar o 80º aniversário do Bahia, em Salvador, ocasião em que Milton Neves apresentou a festividade. Foto: EC Bahia
Da esquerda para a direita: Aldenilton, Claúdio Adão e Alberi.
Em pé, da esquerda para a direita: Cantarelli, Dequinha, Ramirez e Júnior. Agachados: Adílio, Cláudio Adão e Zico
Na imagem, Cláudio Adão, à esquerda, cumprimeita Benedito Borges. Foto: EC Bahia
Em 1979 e em 30 de agosto de 2011
Deixando sua assinatura em camisa do Bahia. Foto: baheaminhavidaevc.blogspot.com
Na festa do 80º aniversário do Bahia. Foto: baheaminhavidaevc.blogspot.com
Cláudio Adão e um fã em 30 de agosto de 2011, quando o Bahia fez uma festa para comemorar seu 80º aniversário, que aconteceu em 1º de janeiro de 2011. Foto: baheaminhavidaevc.blogspot.com
Treino do Santos em 1974, onde aparecem o peruano Mifflin, Cláudio Adão e Clayton (ex-Guarani). Foto enviada por Walter Roberto Peres
Camisa 9 do Flamengo, Cláudio Adão aparece amarrando as chuteiras nesta foto.
A foto é de 1987, na Fonte Nova lotada, e Zanata (o loiro) é o terceiro da esquerda para a direita. Cláudio Adão é o segundo, Zé Carlos é o terceiro. O último é Bobô. Humberto, ex-Santos e São Paulo, está do lado direito do goleiro Márcio. Boa parte desse time ganhou o campeonato brasileiro de 1988
Veja Zanata (o segundo, da esquerda para a direita) em seus tempos de Bahia. O primeiro é Cláudio Adão. O terceiro é Zé Carlos
Em pé: Rondinelli, Toninho Baiano, Dequinha, Júnior, Merica e Cantareli. Agachados: Osni, Adílio, Cláudio Adão, Zico e Luís Paulo
Flamengo, 1979. Em pé: Nélson, Cantarelli, Rondinelli, Manguito, Toninho, Carpegiani, Júnior, Raul e Andrade. Agachados: um massagista, Reinaldo, Adílio, Cláudio Adão, Zico, Tita, Luisinho e Júlio César.
Este time do Flamengo deu grandes alegrias à torcida em 1979 ao conquistar o Campeonato Carioca. Em pé vemos Rondinelli, Cantarele, Manguito, Ramirez, Paulo Cesar Carpegiani e Junior Capacete; agachados estão Reinaldo, Adílio, Cláudio Adão, Zico e Julio Cesar
Seleção Brasileira Juniores campeã de Cannes (França) em 1974. Em pé: Vanderlei Luxemburgo, Walter, Xáxa, Batista, Carlos e Carlinhos. Agachados: Chico (massagista), Jarbas, Marcelo Oliveira, Luiz Carlos Gaúcho, Cláudio Adão e Toninho Vanusa.
Time santista no dia 2 de outubro de 1974. O Santos bateu a Ponte Preta por 2 a 0, na Vila, em jogo que marcou a despedida de Pelé do Peixe. Em pé: Cejas, Wilson Campos, Léo, Bianqui, Zé Carlos, Vicente, Williams e Luís Carlos Beleza. Agachados: Gílson, Cláudio Adão, Brecha, Adilson, Da Silva, Mifflin, Pelé e Edu.
Pelé no dia em que enfrentou o Corinthians pela última vez. O jogo, realizado no dia 29 de setembro de 1974, ocorreu no Pacaembu e terminou 1 a 0 para o Timão, gol de Rivellino. Mais de 66 mil pessoas estiveram no estádio. Na foto vemos Cláudio Adão, Brecha, Oberdã, Pelé, o repórter são-paulino José Isaías, então na TV Gazeta, e Zé Carlos Cabeleira
Felipe Adão começou profissionalmente no futebol atuando no ataque do Botafogo.
Dois momentos de Cláudio Adão no Terceiro Tempo.
Cláudio Adão (dir), que virou técnico de futebol, e seu filho Felipe Adão.
Cláudio Adão, no dia 13 de agosto de 2006, no programa Terceiro Tempo, da Rede Record de Televisão, comandado por Milton Neves.
Pelé, no vestiário do Maracanã, com a camisa do Mengão. Mais de 140 mil pessoas pagaram ingresso para vê-lo e ajudar os desabrigados de uma grande enchente em Minas. Da esquerda para a direita: o ex-zagueiro Nélson, Pelé e Cláudio Adão.
Em pé: Josimar, Abel Braga, Cristiano, Paulo Sérgio, Demétrio e Paulo Roberto. Agachados: Helinho, Otávio, Cláudio Adão, Berg e o ponta Té
Seleção Brasileira olímpica campeã dos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México, em 1975. Em pé: Pitta (o terceiro), Edinho (o quarto), Claudio Coutinho (o quinto), Bianqui (o sexto), Cléber - ex-Flu (o sétimo), Chico Fraga (o oitavo), Zizinho (o nono), Rosemiro (o décimo), Batista (o 11º) e Tecão (o 12º). Agachados: Mauro Campos (o primeiro), Eudes (o quinto), Marcelo (o sétimo), Cláudio Adão (o nono) e Carlos (o último).
Em pé: Paulo Goulart, Edevaldo, Tadeu, Deli, Edinho e Rubens. Agachados: Mário Jorge, Gilberto, Cláudio Adão, Mário e Zezé.
Em pé: Wilson Mano, Márcio, Dida, Marcelo, Ari Bazão e Dagoberto. Agachados: Paulo Sérgio, Ribamar, Cláudio Adão, Gilberto Costa e João Paulo. Esse Corinthians perdeu para o São José pelo placar mínimo, em pleno Pacaembu, no dia 28 de maio de 1989, em partida válida pelo Paulistão daquele ano. Pouco mais de sete mil pessoas viram o árbitro Paulo Eduardo Pereira Barjas apontar o meio de campo quando Tôni (ex-atacante do Botafogo) estufou as redes.
Com a camisa alvinegra, Batata abraça Cláudio Adão antes de um Botafogo x Flamengo, no Maracanã.
Seleção brasileira olímpica de 1975. Em pé: Rosemiro (o 1°), Mauro Campos (o 3°), Bianqui (o 4°), Tecão (o 5°), Edinho (o 7°), Carlos (o 8°) e Chico Fraga (o último). Agachados: o massagista Nocaute Jack, Marcelo (o 2°) e Cláudio Adão (o 4°).
Em pé: Oberdan, Joel Mendes, Clodoaldo, Bianchi, Zé Carlos e Tuca. Agachados: Mazinho, Didi, Cláudio Adão, Toinzinho e Edu.
Em pé: Carlos Alberto Torres, Oberdan, Bianchi, Teodoro, Joel Mendes e Wilsinho. Agachados: Mazinho, Miflin, Totonho, Cláudio Adão e Edu.
No Campeonato Brasileiro. Em pé estão, da esquerda para a direita, Milton, Roberto Costa, Ivan, Airton, Renê e Vitor; agachados estão Mário Tilico, Gilberto, Cláudio Adão, Geovani e Silvinho
Quarteto de respeito no Botafogo-RJ em 1988. Cláudio Adão, Paulinho Criciúma, Marinho e Mauro Galvão
Em novembro de 2020, Cláudio Adão, Donizete e Tita. Foto: arquivo pessoal de Donizete
Em pé: Mauro, Batista, Edinho, Tecão, Carlos e Chico Fraga. Agachados: Nocaute Jack, Rosemiro, Eudes, Luis Alberto, Cláudio Adão e Santos, no dia 25 de outubro de 1975, no empate de 1 a 1 contra o México, na decisão do Pan.
Dois momentos de Cláudio Adão, no começo dos anos 70 e em 2011
Em 1975, no México, a equipe que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos, Batista, Rosemiro, Tecão, Edinho, Carlinhos e o preparador físico Luiz Henrique. Agachados: o massagista Nocaute Jack (1923-2003), Alberto Leguelé, Cláudio Adão, Marcelo Oliveira, Tiquinho (1965-2009) e Pitta. Foto: arquivo pessoal de Carlinhos
Sergio Ramírez ao lado do ex-atacante Claudio Adão
No dia 6 de abril de 1979, Pelé vestiu a camisa do Flamengo para participar de uma partida beneficente contra o Atlético-MG no Maracanã, cuja renda foi revertida às vítimas das enchentes que castigaram Minas Gerais dias antes. O Mengão venceu o Galo por 5 a 1. No vestiário, a lembrança para a prosperidade. Da esquerda para a direita, o zagueiro Nelson, Pelé e Cláudio Adão. Foto: Reprodução
Cláudio Adão com a camisa do Santos, nos anos de 1970. Foto: reprodução
O Santos posando antes de jogo no Pacaembu, em 1975. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos Alberto Torres, Oberdan, Bianchi, Teodoro, Joel Mendes e Wilson Campos: Agachados: Mazinho, Mifflin, Totonho, Cláudio Adão e Edu
No centro da foto, Cláudio Adão e o repórter Felipe Facincani, em 27 de abril de 2017. Foto: arquivo pessoal de Felipe Facincani
Claudio Adão e Renato Evangelista durante treino do Fluminense em 1981. Foto: Arquivo pessoal
Da esquerda para a direita: Edinho, Júnior e Dadá, deitado está Claudio Adão, ambos representando a Seleção Brasileira de Másters, em 2015. Foto: reprodução
Time do Santos nos anos 70. Em pé, da esquerda para a direita: Cejas, Zé Carlos, Léo, Roberto, Hermes e Vicente. Mazinho, Brecha, Cláudio Adão, Nenê e Edu
Em 1984, Cláudio Adão, Abel Braga e Paulo Sérgio, à época jogadores do Botafogo-RJ, dividiram a despesa para encher o tanque do lindo Monza Hatch. Foto: arquivo pessoal de Paulo Sérgio
Nivaldo de Cillo e Cláudio Adão, em 2015. Foto: reprodução.
Claudio Adão (ex-Santos) e Vinício Santana. Foto: Arquivo pessoal
Cláudio Adão, Thiago e Raul Plassmann
José Edvaldo Tietz entrevista Cláudio Adão antes de jogo de masters do Flamengo em Limeira. Foto: arquivo pessoal de José Edvaldo Tietz