Roberto Siegmann, candidato à presidência do Internacional, cogita contratar Paulo Roberto Falcão para o cargo de técnico caso vença a disputa eleitoral

Roberto Siegmann, candidato à presidência do Internacional, cogita contratar Paulo Roberto Falcão para o cargo de técnico caso vença a disputa eleitoral

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

Roberto Siegmann, candidato à presidência do Internacional, cogita contratar Paulo Roberto Falcão para o cargo de técnico caso vença a disputa eleitoral, que se inicia no próximo dia 10 de novembro.

Ex-vice de futebol e responsável direto pela retomada da carreira de treinador do ex-volante e comentarista, o dirigente é uma das peças de um cenário político fracionado e que começa a entrar em ebulição.

"É preciso analisar, mas chance tem. Analisando as condições do momento, a situação do mercado, poderia sim contratar o Falcão outra vez", afirma Siegmann.

Em 2011, o agora desafeto de Giovanni Luigi foi direto e reto no reio de Roma após a demissão de Celso Roth. Convenceu o ex-jogador a deixar de lado sua carreira como comentarista e assumir um time em meio à temporada. A jornada, contudo, durou exatos 99 dias. A saída foi tumultuada e com alfinetadas dos dois lados – tanto por parte de Falcão quanto do presidente. Até hoje o antigo integrante da equipe da TV Globo fala que sofreu boicote por parte da alta cúpula do Internacional.

"O Falcão pagou um preço altíssimo em 2011. Ele não contava com a simpatia de outros dirigentes. Foi uma contratação minha e não do Giovanni (Luigi, presidente do Inter). E o próprio Fernando Carvalho (ex-presidente) também não concordava com a contratação do Falcão. Mas não foi dado tempo a ele para fazer um bom trabalho", opina.

Agora, Roberto Siegmann volta ao cenário e enxerga sua candidatura, amparada pelo grupo Coração Colorado, como única oposição de verdade. A proposta central dele é mudar a estratégia do Colorado no departamento de futebol e sacudir o clube após quatro anos sem títulos expressivos.

"Me considero o único candidato de oposição, uma via para romper com a estrutura atual. Uma condição que se deteriorou nos últimos cinco anos. Eu falo da gestão do clube como um todo, que parou no tempo e não se profissionalizou. O setor mais atrasado, porém, é o departamento de futebol", comenta o candidato pela chapa 3.

Além de cogitar Falcão, Roberto Siegmann é claro em outro ponto de seu planejamento em caso de vitória: Abel Braga não consta na lista de possíveis técnicos para 2015. O atual comandante do elenco vermelho não fecha com as ideias do candidato, que nega ter iniciado qualquer tipo de contato com profissionais.

"Quem disser que fez contato com algum técnico agora está desrespeitando o processo. Não contatei nenhum técnico e não vou contatar até que a eleição tenha prosseguimento", aponta.

Jurista aposentado, Roberto Siegmann disputa o principal cargo político do Inter com Vitório Piffero - seu antigo aliado de Movimento Inter Grande, e Marcelo Medeiros - representante da situação e do bloco político de Giovanni Luigi. Na sexta-feira, ele protocolou sua chapa e iniciou uma prática que deve se tornar constante no período eleitoral: deu indireta aos concorrentes.

"Estou juntando certidões da Justiça Estadual, Federal, Criminal e demonstrar qual é minha situação perante o Judiciário. Gostaria que todos os candidatos fizessem isto, para demonstrar as suas situações. Eu não exauri nenhuma empresa, não tenho credor e não estou na condição de devedor. O Inter não pode ser administrado por alguém que não tem sua vida regular do ponto de vista econômico", dispara.

O primeiro turno da eleição do Internacional acontece no próximo dia 10 de novembro. As duas chapas mais votadas avançam para a segunda etapa da disputa, junto ao associado. O chamado segundo turno está programado para ocorrer em 13 de dezembro.

FOTO: UOL

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