Camisa 8 do Bahia foi um dos principais destaques na campanha do Tricolor no título histórico de 1988

Camisa 8 do Bahia foi um dos principais destaques na campanha do Tricolor no título histórico de 1988

Um dos grandes nomes do futebol brasileiro nos anos 80 e 90, Bobô completa 53 anos nesta quinta-feira (26).

Um dos pilares do Bahia no histórico título no Brasileiro de 1988, Bobô ganhou até menção em uma música composta por Caetano Veloso, "Reconvexo", gravada por Maria Bethânia.

"Quem não amou a elegância sutil de Bobô", diz um dos versos da canção.

Natural da cidade baiana de Senhor do Bonfim, Raimundo Nonato Tavares, o Bobô, ainda defendeu outras equipes antes de retornar ao Bahia e encerrar sua carreira em 1997. Ele passou por São Paulo, Flamengo, Fluminense, Corinthians e Internacional. Na esteira do sucesso pelo título de 1988, Bobô defendeu a seleção brasileira em três partidas, todas em 1989. Nas vitórias sobre o Paraguai (2 a 0) e sobre  o Peru (4 a 1) e no empate diante do Peru (1 a 1), todas amistosas. Sebastião Lazaroni era o técnico da seleção brasileira na ocasião. Bobô não marcou gols com a camisa da seleção. CLIQUE AQUI E VEJA SUA PÁGINA NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?".

O belo time do Bahia de 1988, comandado por Evaristo de Macedo, conquistou o título do Campeonato Brasileiro (então chamado de Copa União) com autoridade, superando a também forte equipe do Internacional do técnico Abel Braga, que contava com Taffarel, Luis Carlos Winck, Diego Aguirre e Nilson, entre outros. Pelo Bahia, além de Bobô, Charles e Zé Carlos foram outros jogadores de destaque. Zé Carlos, inclusive, foi o vice-artilheiro do certame, ao lado de Bebeto (Flamengo), com nove gols. Nilson, justamente do Inter, foi o maior goleador, com 15 tentos.

Os dois jogos finais aconteceram em janeiro de 1989, nos dias 15 e 19 de janeiro.

Em um campeonato no formato "mata-mata", o Bahia venceu o Colorado no primeiro jogo da final, em Salvador, por 2 a 1. Leomir abriu o placar para o time gaúcho aos 19 minutos do primeiro tempo, silenciando a torcida tricolor na Fonte Nova.

Ainda no primero tempo, aos 36 minutos, Zé Carlos cruzou da direita e Bobô, livre, cabeceou com estilo para deixar tudo igual.

Aos 5 minutos do segundo tempo, Osmar, também pela direita, cruzou para Charles que tentou marcar após a bola passar por Taffarel. A bola sobrou para Bobô na pequena área. O camisa 8 do Bahia marcou o segundo, decretando a virada.

No jogo final, quatro dias depois, empate em 0 a 0 no Beira-Rio, resultado que garantiu o título para o Bahia, que disputou a partida com  Ronaldo; Tarantini, João Marcelo, Claudir (Newmar) e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Zé Carlos e Bobô (Osmar); Gil Sergipano, Charles e Marquinhos.

Foi o segundo grande feito nacional do Bahia, que havia conquistado a Taça Brasil de 1959.

O Bahia, campeão da Copa União em 1988, na primeira partida da decisão, disputada em 15 de janeiro de 1989, na Fonte Nova, em Salvador. Em pé, da esquerda para a direita: João Marcelo, Ronaldo, Paulo Rodrigues, Tarantini, Paulo Robson e Claudir.Agachados Marquinhos, Bobô, Charles, Zé Carlos e Gil Sergipano. Foto: arquivo pessoal de Ronaldo Passos

"Band na Copa"em julho de 2014, com Milton Neves, Bobô, Larissa Erthal e Éder Aleixo

MELHORES MOMENTOS DA PRIMEIRA PARTIDA DA DECISÃO DA COPA UNIÃO DE 1988 (15/01/1989):

MELHORES MOMENTOS DA SEGUNDA PARTIDA DA DECISÃO DA COPA UNIÃO DE 1988 (19/01/1989):

ABAIXO, MARIA BETHÂNIA INTERPRETA "RECONVEXO", MÚSICA COMPOSTA POR SEU IRMÃO CAETANO VELOSO, QUE FAZ MENÇÃO A BOBÔ:

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