É um fim triste para quem veio do nada e alcançou um impensável tudo

É um fim triste para quem veio do nada e alcançou um impensável tudo

Nestes campeonatos regionais, tipo pré-temporada, jogador de time grande deveria ser proibido de comemorar gol contra os pobres times pequenos.

É tese polêmica do jornalista Claudio Zaidan e concordo com ela e com ele.

Comemoração só no primeiro gol ou se, em zebra momentânea, o grandão estiver perdendo ou empatando com o pequeno, como no caso da virada do Palmeiras quinta-feira diante do infeliz Red Bull.

Gol de pênalti então...

É tão desproporcional a chance do pobre goleiro que o cobrador, convertendo como quase sempre acontece, deveria voltar murchinho para o meio do campo sem olhar para o céu agradecendo pelo seu “incrível feito”.

Afinal, não fez mais do que a obrigação.

O goleiro, sim.

Esse coitado, plantado debaixo e do lado de três paus como um condenado a ser decapitado, tem chance muito pequena de evitar a entrada da bola em espaço tão grande.

Aí, pegando o pênalti ou espalmando a bola com os olhos, tem todo o direito da comemoração mais escandalosa possível.

Já Fábio Piperno, multiestudioso também da Rádio Bandeirantes, foi mais longe na quarta-feira.

Foi quando do placar parcial de 1 a 1 entre Corinthians e Ferroviária com o time de Araraquara fazendo 2 a 1, mas com o gol anulado porque o atacante afeano estava meio metro em impedimento.

Aí, o “Desembargador” Fábio Piperno, do TRFRB840, leu seu voto implacável: “A Fifa deveria estabelecer meio metro de lambuja no impedimento para todo time pequeno do mundo quando de gol contra time grande que esteja jogando em casa”.

E eu vou mais longe.

Deveriam voltar as românticas regras do futebol de “antanho”, quando eu era torcedor de alambrado atrás do gol no final dos anos 50 no Sul de Minas Gerais.

Bola prensada é da defesa, três “córni” é pênalti, duas bolas na trave valem um gol e “dois num” é falta.

E era mesmo, viu, Rinus Michels?

Até você inventar em 1974 o “três num”, o “quatro num” e até o “cinco num”.

Contra o Uruguai, naquela Copa da Alemanha Ocidental, tivemos até um “oito num” da Holanda para cima do saudoso Pedro Rocha.

E que tal também a Fifa estabelecer hoje que gol olímpico passa a valer dois e gol de pênalti só meio?

Aí já é tese do catedrático Mauro Beting.

Bem, gente, bobagens à parte, e o Lula, hein?

Cravei um 3 x 0 contra ele, tipo 2,8 x 0,20, domingo passado aqui, mas foi uma goleada clássica do mesmo placar de Flamengo 0 x 3 Bangu na decisão do Campeonato Carioca de 1966.

3 a 0 Bangu, time de Moça Bonita, lugar quente demais e que abriga famoso presídio.

Sintomático isso?

Provável.

E tudo, ou quase tudo, por causa de um triplicado apartamento de segunda divisão quase caindo para a terceira.

Além do sítio nota 4,27 que vem aí.

Para que isso, Lulão e Lulinha?

Com palestras e a tal Gamecorp, vocês ganharam muito dinheiro pagando impostos e fornecendo notas fiscais por eventos corporativos e publicidade de investidores na referida empresa de comunicação.

Empresa ruim ou não, mas que faturou.

Então por que vocês não compraram os dois imóveis tão baratos de forma transparente e evitando assim todo esse inferno na vida de um sujeito que foi tão importante no mundo, queiram ou não?

Por que vocês botaram na cabeça que não podem ter nada, absolutamente nada, no nome de ninguém da família?

Para mostrar para os pobres que vocês também são pobres?

E não são há muito tempo!!!

E fizeram por onde.

E por que todos, eu disse todos, os imóveis “lulísticos” são enrolados?

Em nome de “duzentos” amigos tão bonzinhos?

Ora, em negócio imobiliário são indispensáveis apenas duas figuras: o vendedor e o comprador.

O resto é sapo de fora.

E nas “lulísticas” relações imobiliárias da família do ex e ótimo presidente, têm muito mais do que sapos, mas um brejo inteiro.

Uma pena ou merecidamente, mas é um fim triste para quem veio do nada e alcançou um impensável tudo.

E nesse cruel jogo dos tribunais não dá mais para mudar as leis.

Ao contrário daquelas regras antigas de nosso romântico futebol.

Foto: Ricardo Stuckert 

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