Antony sorri durante treino do São Paulo; atacante se firmou como titular em 2019

Antony sorri durante treino do São Paulo; atacante se firmou como titular em 2019

Bruno Grossi
Do UOL, em Fortaleza

Quando Antony nasceu, em 24 de fevereiro de 1999, Rogério Ceni já tinha nove anos de São Paulo, duas temporadas e um título como titular e sete gols marcados. O menino cresceu apaixonado pelo Tricolor, lamentou a aposentadoria do ídolo e hoje à noite poderá vê-lo de perto. A realização de um sonho, ainda que de uma forma nunca imaginada: o Mito será seu rival.

"Sonhei muito, desde criança, de atuar pelo profissional. Mas nunca imaginei que fosse enfrentar o Rogério Ceni ou o time dele. Vai ser um momento de muita gratidão para mim, muito histórico. Vou guardar com carinho para o resto da vida. Na infância eu tinha ele como ídolo e agora vou poder enfrentá-lo. É muita alegria", celebrou o camisa 39, em entrevista ao UOL Esporte.

Quando o relógio chegar às 19h, na Arena Castelão, Ceni vai enfrentar o São Paulo pela primeira vez na vida. No comando do Fortaleza desde dezembro de 2017, o ex-goleiro vive dias especiais no futebol cearense, com as taças da Série B do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Cearense, além da vaga na decisão da Copa do Nordeste. Mas tem uma preocupação pela frente: Antony será seu rival.

Na última quinta-feira, após a classificação para a final da Copa do Nordeste, Ceni falou sobre a expectativa de enfrentar o São Paulo. E, de forma espontânea, citou Antony. Para ele, o garoto de 19 anos será a grande revelação da temporada no Brasileirão. É por isso que ele lamenta tanto não ter podido trabalhar com a promessa. O técnico do Fortaleza jura que pensou em promovê-lo há dois anos, quando dirigia o elenco são-paulino, mas ponderou que Antony ainda era jovem demais.

"Cara, eu fico muito feliz de receber um elogio de um cara que é simplesmente o Mito, pela experiência que ele tem, pela história que ele viveu. Entendo o lado dele, também acho que estava novo. Mas o momento é de agradecer pelos elogios, é dizer muito obrigado mesmo", afirmou o jovem.

Antony subiu para o profissional em setembro do ano passado. Estreou na reta final do Brasileirão, com três jogos bastante discretos. Em janeiro de 2019, aceitou retornar ao sub-20 e conduziu o São Paulo ao quarto título na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Foi o impulso que faltava para a afirmação no time profissional. Desde então, foram dois gols, duas assistências e 18 partidas, sendo 15 como titular e sem nunca ter sido substituído.

"Eu me preparei muito para esse momento. De quando tivesse a oportunidade agarrar e não deixar passar batido. A cada treino, a cada jogo, dou meu melhor, dou minha vida pelos meus companheiros. Sou um cara que me preparo muito, dentro e fora de campo. É assim que me sinto preparado para uma sequência de jogos, para os 90 minutos", destacou.

O bom início, entretanto, não ilude Antony. E ele sabe muito bem como ainda pode evoluir para ser um jogador mais completo: "A perna direita é algo que eu preciso melhorar. Sempre penso que não está bom. Estou começando agora e preciso pensar que há sempre o que melhorar. Preciso melhorar a perna direita, a finalização. São fundamentos que vou trabalhar".

Foto: Marcello Zambrana/AGIF (via UOL)

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