Sylvinho, técnico do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Sylvinho, técnico do Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Quando do início do Campeonato Brasileiro, época em que a diretoria corintiana mandou embora Vagner Mancini, que merecia seguir no cargo, e contratou Sylvinho, passei a apontar o Timão como um dos grandes favoritos ao rebaixamento nesta temporada. O time era fraco, o novo técnico era - como ainda é - inexperiente e a pressão diante de um gigante como o Alvinegro do Parque São Jorge poderia deixar a situação complicadíssima nas 38 rodadas do Nacional. 

Mas, aí, quando ninguém esperava, Duílio abriu os cofres - ou o cheque especial - e resolveu contratar quatro decisivos jogadores no meio do campeonato. O que, obviamente, resultou em enorme ganho técnico ao time. E causou também enorme expectativa na Fiel, cansada de ver seu time apanhar desde 2017, quando venceu o Brasileirão com Fábio Carille. 

E essa expectativa está fazendo muito mal ao Corinthians na reta final da competição. Para uma equipe que iniciou o Brasileiro ameaçadíssima pelo rebaixamento, chegar à 29ª rodada sem correr riscos de cair já é uma enorme vantagem. Daí para frente, o que vier é lucro. 

Por isso, vejo a enorme cobrança em cima de Sylvinho como extremamente exagerada. Apesar dos reforços, o time ainda é muito carente em algumas posições - falta, por exemplo, um centroavante. E isso sem contar que jovens talentos têm assumido o protagonismo da equipe, e é natural que eles oscilem em algumas oportunidades. 

Portanto, se eu pudesse dar um conselho à Fiel, diria para que ela esquecesse 2021. Se trata de um ano de transição. O mais importante é que o Alvinegro não cairá. Depois disso, o que vier é um lucro tremendo. E, em 2022, sim, as cobranças devem ser mais agudas nos ouvidos dos dirigentes e da comissão técnica do Alvinegro. 

 

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