Leila Pereira tratou de dar um rumo certo ao assunto envolvendo Dudu. Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Leila Pereira tratou de dar um rumo certo ao assunto envolvendo Dudu. Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

“O Dudu sempre vai estar nos nossos corações, sempre vamos estar extremamente gratos. Quantos jogadores espetaculares saíram do Palmeiras? Os ciclos se iniciam e se encerram. Não tenho dúvida, o ciclo do Dudu no Palmeiras se encerrou. Estou sendo muito objetiva para que não tenha dúvida”, assim falou Leila Pereira, presidente do Palmeiras ao Sportv.

A declaração é sobre a já polêmica transferência do atacante Dudu para o Cruzeiro. O jogador procurou a direção do Palmeiras há 20 dias e disse que tem proposta do clube mineiro.

Dudu tem 32 anos de idade. Sofreu uma grave lesão no joelho direito, rompimento de ligamentos e lesões de menisco, e só agora prepara-se para voltar aos gramados.

O jogador ganha um dos maiores salários do futebol brasileiro: R$ 2,1 milhões mensais.

Além de lhe oferecer um salário maior, o Cruzeiro ofereceu um contrato de três anos ao jogador.

É bom lembrar que o Cruzeiro tem como diretor remunerado o Alexandre Mattos, que já ocupou o mesmo cargo no Palmeiras.

Mattos, é bom que se lembre aqui, é muito dinâmico no mercado de venda e compra de jogadores. Costuma contratar por baciada. Foi assim no Palmeiras, está sendo assim no Cruzeiro.

Depois de se comprometer com o Cruzeiro, Dudu recebeu integrantes da “organizada” Mancha Alviverde em sua casa. Ressalte-se que a Mancha Alviverde já foi Mancha Verde. Mudou de nome após enfrentar problemas com o Ministério Público. Acumulou conflitos com organizadas rivais.

Após ouvir a cúpula da Mancha Alviverde, Dudu reuniu o elenco do Palmeiras e avisou que não iria mais para o Cruzeiro. E que cumpriria o seu contrato até o fim com a equipe palmeirense.

Mas Leila Pereira tratou de dar um rumo certo ao assunto. Agiu com a razão, não com o coração. Como certamente fariam muitos dirigentes homens que estivessem em seu lugar.

Mulher corajosa, Leila Pereira não teve medo da reação dos integrantes da Mancha. A atitude merece elogios. Pelo menos não teve medo de dizer o que pensa sobre o assunto.

Colocou os interesses do Palmeiras acima de qualquer coisa. Não se abalou com os protestos que transbordam nas mídias sociais. Certamente iria ler e ouvir críticas e até ofensas misóginas.

Não só de torcedores.

Muitos jornalistas/influencers/palmeirenses que invadiram as mídias sociais com os seus canais, partirão para cima dela, armados até os dentes de impropérios e preconceitos.

Leila Pereira está indo bem. Que não recue, pressionada internamente e externamente por palmeirenses acostumados com as decisões de dirigentes que se vergam às pressões das arquibancadas e, nos dias atuais, das mídias sociais.

Movidas, quase sempre, pelo ódio.

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