Ele não deixa marcas nas canelas adversárias, não sai dando porrada para manter posição, mas está suspenso nos primeiros jogos dos torneios mata-mata (Copa do Brasil e Libertadores), tal qual Felipe Melo.
Em ambos os casos por expulsões. De quebra, Deyvershow (sim, tem gente utilizando essa expressão para qualifica-lo) ainda está fora da próxima rodada do Brasileirão pelo acúmulo de cartões amarelos.
Neste domingo, após o dérbi me perguntaram: “você gosta do futebol do Deyverson?”
Dei uma rodeada, falei do crescimento dele a partir da chegada de Felipão, da retomada da confiança, da importância que, agora, ele tem para o grupo. Enfim, não disse que gosto, mas também não reprovei. Porque ele tem feito por merecer receber elogios pela voluntariedade, dedicação e oportunismo. É o artilheiro da nova fase Luiz Felipe Scolari.
Mas... carece reparos. Ponderei ao responder a questão que, apesar do bom momento, Deyverson demonstra um desequilíbrio parecido com o de Felipe Melo ao ficar de fora de compromissos importantes por causa de excessos.
Só que ao contrário. O volante se ausenta por causa da truculência em limites. Deyverson está fora por ser empolgado demais. Por vibrar demais, por provocar (até involuntariamente, às vezes) demais.
Assim como aconteceu com Felipe Melo, o atacante merece uma conversa com portas fechadas com o doutrinador Felipão. Se imaginarmos que depois da lambança contra o Cerro o Pitbull deu uma amansada, por que não adotar o mesmo expediente com o Deyverson, que é bem menos feroz?
Felipe Melo já completa três jogos sem receber uma advertência. Nenhum cartãozinho sequer. Algo provavelmente inédito em sua trajetória no Palestra.
Deyverson pode, sim, ir pelo mesmo caminho. É bom garoto, emotivo. Basta conter os excessos para que eu possa responder positivamente da próxima vez que for perguntado.
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