Faltou pouco para o time brasileiro se complicar na semifinal diante do Al Ahly

Faltou pouco para o time brasileiro se complicar na semifinal diante do Al Ahly

De Toyota, Japão
Por @fabiolucasneves

A vantagem de 1 a 0 do Corinthians, construída no primeiro tempo, provocou um recuo excessivo no segundo. O Al Ahly, apesar da ingenuidade de alguns atletas e a falta de profundidade da equipe, ensaiou colocar o time brasileiro na roda. E poderia muito bem ter empatado.
Burocrático, o Alvinegro parecia com medo de ousar. Até Emerson Sheik, um mestre do improviso, foi previsível. O gol típico de centroavante de Guerrero, depois do cruzamento de Douglas, representou o único momento de satisfação para a Fiel ao longo do jogo, além do som do apito final do árbitro mexicano.
Durante os cinco minutos de acréscimos, os pedidos da torcida para o juiz encerrar a partida foram insistentes. Os milhares e milhares (não me perguntem quantos) de alvinegros, que fizeram uma festa histórica em Toyota, vibraram com a vitória, mas deixaram o estádio preocupados com o desempenho dos comandados de Tite.
O poder de decisão de Guerrero foi um triunfo pessoal do técnico gaúcho, que bancou a escalação do centroavante peruano em detrimento de um ataque mais leve com Romarinho, Jorge Henrique ou Martínez. Por outro lado, o treinador abusou da antiga mania de especular um contra-ataque em vez de pressionar os egípcios.
A velha e eficiente marcação na saída de bola do adversário foi abandonada pelo Corinthians na etapa final. O longo período sem disputar uma partida "prá valer" talvez tenha pesado. Assim como a tensão da estreia, uma desculpa manjada para performances fracas em debuts, mas verdadeira.
Agora, o clube paulista aguarda o vencedor de Chelsea e Monterrey, que se enfrentam amanhã. Nesse momento, os fiéis têm duas certezas. A primeira: independentemente do adversário na decisão, as dificuldades impostas pelo rival serão (muito) maiores. E a segunda: o Timão precisa "quebrar o gelo", apesar do frio japonês.
Notas dos jogadores
- Cássio. Nota 5,0. Graças à falta de pontaria dos egípcios, só trabalhou em saídas fáceis do gol.
- Alessandro. Nota 4,0. Tímido no ataque e inseguro na defesa.
- Chicão. Nota 6,0. Seguro, salvou a pele do lateral-direito.
- Paulo André. Nota 6,0. Cortou bolas importantes pelo alto.
- Fábio Santos. Nota 5,0. Tímido, não compremeteu.
- Ralf. Nota 6,0. Eficaz na marcação, ainda arriscou lançamentos. Mas tomou um drible desconcertante entre as pernas...
- Paulinho: Nota 5,0. Uma decepção. Pouco inspirado, o volante teve a chance de "matar" o jogo, mas perdeu a oportunidade.
- Douglas: Nota 6,0. Salvou a atuação com a assistência para Guerrero. No mais, só tocou de lado e errou passes infantis.
- Danilo: Nota 5,0. Mostrou disposição para recompor a marcação no meio, mas pouco contribuiu para as jogadas ofensivas.
- Sheik: Nota 3,0. Pior do Corinthians, disparado. Parecia pouco à vontade.
- Guerrero: Nota 6,5. Fez o que se espera de um centroavante. No segundo tempo, foi prejudicado pela retranca de Tite.
- Romarinho: Sem nota.
- Jorge Henrique: Sem nota.
- Guilherme Andrade: Sem nota.
- Tite: 6,0. Cautela excessiva contra um adversário fraco. Hoje, o estilo pragmático do técnico irritou até os seus defensores.


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SOBRE O COLUNISTA

Iniciou a carreira em 1999 na Rede Bandeirantes de Rádio. Passou pela Rádio Jovem Pan e empunhou por seis anos o microfone da TV Record. Desde março de 2008, é editor-chefe do site Terceiro Tempo. Em julho do mesmo ano, foi contratado para integrar o time de repórteres da Band.

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