Antigamente, quando víamos um veterano voltando do exterior para o Brasil, costumávamos dizer que fulano era “bananeira que já tinha dado cacho”. Ou seja, se nenhum time da Europa ou de outro centro endinheirado não o contratou, era sinal de que ele não tinha mais muito o que render no futebol.
Mas acontece que o futebol brasileiro de clubes vive uma fase tão terrível, com os times totalmente endividados, que virou rotina vermos veteraníssimos ou mesmo jogadores novos que foram muito mal em terras estrangeiras se tornarem os grandes nomes dos campeonatos nacionais. E exemplos não faltam: Gabigol (ridicularizado na Europa e artilheiro no Flamengo), Hulk (nem o futebol chinês o quis, mas aqui ele brilhou no Galo), Ronaldinho Gaúcho (que é um exemplo mais antigo, mas que também deitou e rolou com a camisa do Galo) e Ronaldo Fenômeno (outro exemplo mais antigo, mas é inegável que o Fenômeno teve uma passagem brilhante pelo Corinthians).
E, nessa onda, já começo a projetar a temporada 2022 aqui em nosso país. E, pelo que tenho visto nos últimos meses, se tivesse que apostar, diria que “o cara” do ano que vem no nosso futebol de clubes será Willian, do Corinthians.
O Timão não venceu o praticamente rebaixado Grêmio na tarde do último domingo, em Itaquera, é verdade. Mas o que o ex-meia-atacante do Chelsea e do Arsenal jogou foi um absurdo! Corria como se tivesse 20 anos. E driblava como se estivesse jogando bola com os irmãos mais novos.
É claro que esta previsão pode ir por água abaixo se ele não conseguir se adaptar fisicamente. Mas acho isso pouco provável, já que o jogador está acostumado com os pesados treinamentos do futebol inglês.
Bem, e para que isso se concretize é bom também que o Corinthians vá ao mercado para voltar a lutar com os protagonistas do futebol brasileiro. As quatro pesadas contratações deste ano foram providenciais, mas não fazem com que o Timão faça cócegas nos poderosos Flamengo, Galo e Palmeiras.
E o principal ponto a ser estudado e reforçado, para mim, é a outrora indiscutível zaga. Cássio já não é mais confiável como antes, Fagner já está começando a sentir o peso da idade, Gil também tem se tornado lento e Fábio Santos, veteraníssimo, com todo o respeito, não pode ser titular de um time que esteja visando taças.
Ah, e ainda sobre Willian, reparem como quando a bola cai no pé dele parece que o jogo ganha outra rotação. Mal comparando, ele arranca como um carro de Fórmula 1 contra um modelo popular. Se encaixar muito bem na temporada que vem no Timão, não descarto nem que ele acabe sendo chamado por Tite para a Copa de 22.
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