Ana Borges, acima, em Condoriri (Boívia), Curso de Escalada em Gelo 2013. Abaixo, a coordenadora do projeto Expedições Inclusivas em Cume Gokio Ri (5.360m), Nepal, Cordilheira dos Himalaiais 2012
Educação Física!
Por uma pátria verdadeiramente educadora e esportiva!
Cronista muito mais futebolístico do que poliesportivo assumido (“esporte é futebol, o resto é educação física”), abro espaço todo sábado aqui no
BLOG DO VITÃO para outros esportes e modalidades. A contagem regressiva para o Rio-2016 é só uma desculpa para trazer algo relacionado a outros esportes. Ao contrário do COB, não estou nem aí para o número ou pela cor das medalhas nos Jogos, mas adoraria ver mais pessoas praticando um número maior de modalidades, olímpicas ou não, e que nosso esporte, respeitando as características particulares de cada um, fossem praticados por um número cada vez maior de pessoas, independentemente de sexo, classe social ou faixa etária.
Depois da campeoníssima
Nayara Figueira, que tem o tesão pelo esporte (nado sincronizado) marcado na pele, o espaço hoje é para Ana Borges. A escolha se deu pela coordenação do projeto
Expedições Inclusivas (aqui). Montanhismo? Espero o elevador para subir até o quinto andar tanto do meu apartamento quanto da Redação do jornal
Agora, mas sou um entusiasta por projetos sociais. Se inclusivos, ainda mais!
FICHA TÉCNICA DE ANA BORGES
Nome completo: Ana Lucia Nogueira Borges
Apelido no esporte: Ana Borges
Data de nascimento: 07/05/1974, 40 anos
Peso e altura: 61Kg e 1,61m
Time de coração: Palmeiras
Formação: advogada, educadora física e especialista em atividades e esportes de aventura
Esporte: Montanhismo
Profissão, hobby ou meio-termo? Hobby mas, a caminho do meio-termo.
Auge no esporte: escalada de 6.400 m no Monte Aconcágua, na Argentina
Sonho/meta: Subir o Monte Vinson na Antártica (4.892m)
Currículo esportivo
Montanhismo Nacional
Trekking Sul da Bahia – 80 km
Chapada dos Guimarães- Mato Grosso
Chapada Diamantina – Vale do Pati – Bahia
Jalapão
Travessia da Serra Fina Completa
Cume do Agulhas Negras – Itatiaia
Cume do Corcovado - Ubatuba
Pico do Baepi – Ilha Bela
Escalada em Rocha em Pedra Bela
Escalada em Rocha Pedra do Baú - Campos do Jordão
Escalada em Rocha em Andradas
Escalada em Rocha em Analândia
Montanhismo Internacional
2011 – Cume do Kilimanjaro – Tanzânia, África (5.872m)
2011 – Campo Base do Aconcágua - Argentina (4.300m)
2012 – Campo Base do Everest – Nepal ( 5.300m)
2012 – Cume do Kala Pattar – Nepal ( 5.550.m)
2012 – Cume do Nagarjun – Nepal (5.050m)
2012 – Cume do Gokio Ri – Nepal (5.530m)
2013 – Cume do Tarija – Bolívia (5.340m)
2013 – Huayna Potosi – Bolivia (5.350m)
2014 – Aconcágua Rota 360 – Argentina (6.400m)
2014 – Huayna Potosi – Bolívia (6.040m)
2014 – Escalada em Rocha – Finale Ligure - Italia
2014 – Cume do Gran Paradiso – Italia – (4.061m)
2014 – Mont Blanc – França (3.835m)


Da série "quem vê cume não vê rosto", seria Paolla Oliveira? Kate Winslet em Titanic? Não, é a belíssima educadora física Ana Borges, no cume da Ana Chata, em São Bento do Sapucaí (SP)
Travessia da Serra Fina, Minas Gerais (2014). Até o colunista que não esconde de ninugém que não é chegado ao verde é obrigado a admitir a beleza rústica da natureza
Cume do Kilimanjaro ( 5.895m), na Tanzânia, África, 2011
BLOG DO VITÃO: Qual o espaço que o seu esporte pode alcançar no “país do futebol”? O que ele pode devolver à sociedade além do resultado esportivo, medalha etc?
ANA BORGES: Acredito que o montanhismo possa trazer muito a sociedade. Este esporte consiste em ascender montanhas nas altitudes baixa, média ou alta por caminhada e/ou escalada (rocha, gelo ou mista). Desafios físicos e mentais, são apresentados aos praticantes o tempo todo, promovendo não só saúde, como autoconhecimento, controle, persistência, calma, trabalho em equipe e valorização e preservação do meio ambiente. O praticante está envolvido em solucionar problemas o que, é um retrato de nossa vida cotidiana. As montanhas sempre estiveram presentes na história do homem, seja por um caráter exploratório, migratório ou espiritual, tendo ainda muito a ensinar aos que quiserem praticar o montanhismo.
BLOG DO VITÃO: Ana, quem pode praticar o montanhismo? É caro? Tem pré-requisitos? Quais?
ANA BORGES: Qualquer um é bem-vindo no montanhismo. Nascemos como escaladores e é uma pena que, por excesso de proteção e medo, somos tolidos à medida que vamos crescendo. Quem nunca viu um bebê escalar o berço, uma criança subir em uma árvore ou escalar o batente da porta de casa se sentindo o Homem-Aranha? Passei parte da minha infância em uma fazenda no Mato Grosso e vivia pendurada nas árvores, pelo desafio de subir o mais alto possível, ou para pegar a manga mais bonita. A criança quer subir e explorar tudo que puder e alguns como eu continuam fazendo a mesma coisa quando adultos. No ano passado, subindo o Monte Aconcágua, na Argentina, cruzei com um americano de 11 anos que já estava voltando do cume com 6.972m. Quanto aos vovôs e vovós, o cara mais velho a escalar o Everest (8.848m), a maior montanha do mundo foi o japonês Yuichiro Miura com 80 anos, em 2013. Atualmente, coordeno o projeto Expedições Inclusivas, levando pessoas com algum tipo de deficiência para praticar esportes de aventura. Cadeirantes e deficientes visuais, ciclistas, montanhistas, canoístas e todos os “istas” que se possa imaginar atrás de uma boa aventura.
BLOG DO VITÃO: Olimpíada é logo ali. O que já foi feito e que aparecerá no Rio-2016? O que poderá ser feito para o pós-Rio-2016?
ANA BORGES: O Montanhismo não é um esporte olímpico, mas já existe um movimento de escaladores e instituições internacionais para que a escalada esportiva esteja nas próximas Olimpíadas. O prêmio PIOLET D`OR é o mais alto do montanhismo, premia os melhores alpinistas de cada ano. No Brasil, temos um Ranking Brasileiro de Escalada Esportiva organizado pela Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME) e acontece anualmente uma Copa do Mundo. Em 2014, foi fundada a Associação Brasileira de Escalada, que já está promovendo campeonatos brasileiros da modalidade.
BLOG DO VITÃO: Em sua opinião, o montanhismo tem papel social a desempenhar na “pátria educadora”?
ANA BORGES: Com certeza! O montanhismo desenvolve a sociabilização, conhecimento de novas culturas e conscientização de preservação do meio ambiente. O Brasil possui a maior área verde do mundo e acredito que a melhor forma de cuidarmos de preservar essa área é levar o maior número de pessoas para interagir com esse ambiente. No âmbito escolar, o montanhismo pode ser tratado como conteúdo de muitas disciplinas. Para subir uma montanha, é necessário estudar o relevo, clima, preparar-se fisicamente, fazer cálculos de tempo, distância e velocidade, saber usar bússola, altímetro e barômetro, entre outros. Quando vou escalar em rocha, sempre lembro das aulas de física, equalizando forças para me ancorar, nos tipos de nós que temos que fazer para que exerça a tensão adequada na corda, entre outros.
BLOG DO VITÃO: O esporte de alto rendimento é associado muito mais ao negócio do que à saúde. É uma indústria. Nesse cenário, muito diferente do imaginado pelo Barão de Coubertain, ainda cabe ao Estado o papel de apoiar o esporte competitivo? Ou esse papel deveria caber à iniciativa privada, e o governo, nas esferas federal, estadual e municipal, deveria fazer a sua parte massificando a prática esportiva nas escolas?
ANA BORGES: Acredito que ambos, governo e iniciativa privada possam patrocinar e promover a pratica esportiva. No entanto, devemos ter um pouco de cuidado ao promover o esporte indiscriminadamente como saúde. Treinamentos que levam o corpo ao limite, podem render um custo alto à saúde, principalmente para jovens atletas, além de incentivar a busca de um resultado a qualquer custo. A competição é saudável mas, sem limites, pode ser prejudicial, como o uso de substancias altamente nocivas (doping) e pagamentos exorbitantes para que se obtenha o melhor resultado “comercial”. Na minha opinião, a essência do esporte esta em sua prática e não no seu resultado. É o processo esportivo que promove saúde, desenvolvimento pessoal, compreensão do coletivo e que deve ser a razão de um bom patrocínio e motivo de orgulho de seus torcedores.
BLOG DO VITÃO: O espaço é seu. Divulgue site, página pessoal, contato para quem quiser apoiar ou patrocinar... Convide as pessoas a conhecerem ou praticarem o seu esporte.
ANA BORGES: Estou à procura de patrocinadores para o projeto Expedições Inclusivas que tem por objetivo difundir a acessibilidade e inclusão social através de expedições pelo Brasil e mundo, praticando esportes de aventura, como montanhismo, rafting, canoagem e mountain bike, com pessoas com alguma deficiência. Para entrar em contato é só acessar a pagina do Facebook Expedições Inclusivas, aqui, pelo e-mail alnborges@live.com ou pelo meu Facebook, Âna Borgîs, aqui. Em relação ao montanhismo, convido a todos a conhecer esse esporte maravilhoso acessando o site da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (www.cbme.org.br) ou da Associação Brasileira de Escalada Esportiva (www.abee.net.br). Bons ventos e ótimas escaladas para nós por esse mundão a fora.
Céu em Plaza de Mulas (4.300m), no Aconcágua, Argentina (2012)
Cume Gran Paradiso (4.061m), Itália 2014
Subindo o Mont Blanc (4.810m), França 2014
Aconcágua, Plaza Independencia (6.400m) Argentina, 2014
Agulhas Negras, Itatiaia, 2014
Bolívia, Condoriri, 2013
Campo Base do Everest (5.350m), Nepal, 2012
Trekking Campo Base do Everest 2012. Ana Borges com criança nepalesa
Vista do Everest (8.848m), Nepal, 2012
O Blog do Vitão, por conhecer Ana Borges e por acreditar na importância de projetos sociais inclusivos, apoia Expedições Inclusivas
Arquivo Educação Física
História do torcedor: Caneladas do Vitão
A coluna Caneladas do Vitão, no AGORA, é diária, e todo sábado é publicada uma crônica. Confira a deste Sábado de Aleluia, intitulada "Aleluia!". Motivos para malhar o futebol brasileiro não faltam... A charge é do craque Cláudio de Oliveira, que tem um site de humor político sem besteirol, aqui.
ALELUIA!
Colunista equilibrado esquece a máxima de que jornalista que não corneta é como meretriz que se higieniza com lenço umedecido após o sexo oral (o popular basquetinho), não serve para nada, deixa de lado a malhação e, armado de lupa e boa vontade, observa os pontos positivos do futebol brasileiro.
Em uma cruzada pela moralização e pela renovação, cartolas de federações e confederações abrem mão de seus mandatos e sigilos telefônicos e bancários.
Clubes de futebol, beneficiados de uma série de incentivos e isenções fiscais, devolvem as benesses públicas na forma de contrapartidas sociais, abrindo as suas sedes e os seus centros de treinamentos para o uso da comunidade.
Torcidas organizadas, em embate sem favoritos, disputam uma cruzada verdadeiramente santa para ver qual uniformizada é a melhor anfitriã. Cansadas de erros grotescos de português na confecções de faixas e nas pichações, a maioria deles já está exigindo segundo grau completo para novas filiações. Para cargo de direção, é necessário doutorado, preferencialmente na área de Direitos Humanos.
Preocupados com a poluição sonora e com o bem-estar da população que não curte futebol, torcedores renovam o repertório e, radicais ao extremo, eliminam todos cânticos com palavras que terminam em “eta”, “uta”, “ado”; nada de “el, el, el, mulher pra Fiel”, “filho da luta” nem de “Richarlyson, resfriado”...
Jogadores, éticos e corretos, não simulam faltas para enganar arbitragem nem contusões para driblar a comissão técnica e, indignados, rejeitam continuar ganhando bicho já que são pagos para jogarem bola e não faz o menor sentido receberem um incentivo extra para desempenharam, bem e com afinco, o trabalho.
Atletas de Cristo, irmanados de amor puro, ecumênico, organizam jogo pelas vítimas muçulmanas e judias dos confrontos na Faixa de Gaza. Aleluia, irmãos!
Carlos Miguel Aidar e Paulo Nobre, atacados subitamente de bom senso por todos os lados, dão as mãos. Aleluia, coirmãos!
Erramos: hoje é Sábado de Aleluia, 4 de abril. A coluna era para ser publicada na última quarta, dia 1º...
Paulistão
A tendência, infelizmente, é a de que a Lusa chegue à última rodada na armagedônica zona da degola. Já o Verdão, classificado, tem tudo para se reabilitar do vexame contra o Red Bull de Lulinha.
Resultados de sexta
Audax 0 x 1 XV de Piracicaba
São Bento 2 x 1 Capivariano
Palpites de sábado
Portuguesa 0 x 1 Red Bull
Marília 0 x 2 Ituano
Palmeiras 2 x 0 Mogi Mirim
Palpites de domingo
Botafogo 1 x 2 São Paulo
Ponte Preta 1 x 0 Penapolense
Rio Claro 2 x 1 Bragantino
Linense 1 x 0 São Bernardo
Corinthians 2 x 0 Santos
Acompanhe, diariamente, a coluna Caneladas do Vitão no jornal Agora São Paulo
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web! É nóis na banca! É nóis na facu (FAPSP)!
Fotos: Arquivo Pessoal de Ana Borges/Divulgação