Do céu ao inferno! Desta forma pode ser resumida a situação do Grêmio Osasco Audax no Campeonato Paulista. Vice-campeão da competição em 2016, com um futebol vistoso, de troca de passes rápidos e posse de bola, o time de Fernando Diniz vive situação difícil nesta temporada e pode ser rebaixado.

Atualmente, a equipe de Osasco é a última colocada da classificação geral, com apenas oito pontos, e neste sábado enfrenta o Palmeiras, às 16h, no Allianz Parque. Uma derrota, somada a vitórias dos adversários, podem rebaixar a ex-sensação do futebol paulista. Mas nem mesmo isso faz o clube mudar sua filosofia de jogo.

"O trabalho está sendo bem feito. Uma prova disso é que o Audax é o campeão de posse de bola, com diferença assustadora para os demais. A metodologia vem sendo cumprida à risca", disse o diretor de futebol do clube, Nei Teixeira, em entrevista ao Portal da Band.

"Independentemente do que vier a acontecer, o Audax não vai mudar a maneira de jogar. Já estabelecemos isso dentro do clube".

Apesar da grande chance de rebaixamento, o dirigente não vê o descenso como possibilidade real. "A gente não consegue enxergar o Audax rebaixado. Acreditamos na reação e numa vitória sobre o Palmeiras", afirmou.

Arrependimento pela parceria

Na visão de Nei Teixeira, o principal motivo para a derrocada do Audax foi o fato de o clube ter firmado parceria com o Oeste e não formar uma equipe desde 2016. No último ano, Mario Teixeira, dono do Audax, emprestou toda sua equipe e comissão técnica, além da estrutura, para a equipe de Itápolis atuar na Série B.

"Essa é uma opinião pessoal: o nosso único erro foi ter jogado a Série B pelo Oeste, porque o elenco ficaria para a Série D pelo Audax...", lamentou.

"A gente acabou pegando um time pronto e tivemos que fazer alguns enxertos. E nesse meio tempo, poderíamos ter montado uma estrutura para jogar o Campeonato Paulista, porque os jogadores que chegam precisam de uma linha de tempo", complementou.

Foto: Gabriela Montesano/Osasco Audax