Técnicos gringos, como Domènec Torrent, estão fazendo sucesso no Brasil. Que tal cartolas estrangeiros também? Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Técnicos gringos, como Domènec Torrent, estão fazendo sucesso no Brasil. Que tal cartolas estrangeiros também? Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Seria bom ver todo o empenho que se tem tomado para tratar dos técnicos estrangeiros no Brasil, com a necessidade de se debater a transformação da gestão esportiva.

Sei que esse é um assunto pouco atraente ao torcedor de futebol, mas é fundamental discuti-lo porque é a partir do dirigente esportivo que se dá o caminho à modalidade.

Tem sido muito saudável e produtivo a demanda em torno da qualidade dos treinadores de fora comparado com os locais. Não fosse o sucesso de Domènec, Sampaoli, Coudet e o Palmeiras não teria ido em busca de Ramirez. E será mais um para acrescentar um novo olhar sobre o ultrapassado futebol local.

Desde que Charles Muller trouxe a primeira bola ao Brasil que se discute o talento do cartola nacional. Com raríssimas exceções, o que se vê é um amontoado de espertalhões tentando tirar benefício pessoal da posição e engordar o cofre. Há também aquele velho conhecido benemérito e milionário que acredita que o dinheiro dele pode tudo, inclusive comprar conselheiros e outros dirigentes. O fato é que esses dois modelos estão em baixa e nunca trouxeram o resultado esperado, ou dá para acreditar que nossos clubes são modelo de gestão?

Tão importante quanto abrir as portas para os treinadores estrangeiros, é importar condutas administrativas de sucesso. E nem é preciso falar sobre a venda de times para grupos internacionais – coisa que nossa legislação não permite -, mas de adotar casos relevantes de potencias europeias que poderiam mudar alguns grandes clubes locais de patamar. Se acharem que o modelo estrangeiro não nos cabe, mirem o Flamengo que já será um bom caminho.

Enquanto isso, lanço o desafio: vamos importar dirigentes.

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