Zona de Rebaixamento do Brasileirão tem mais clubes tradicionais do que o G4

Zona de Rebaixamento do Brasileirão tem mais clubes tradicionais do que o G4

Embora alguns atribuam a Mark Twain a autoria da frase "Os números não mentem jamais", não existe nenhuma fonte que comprove essa versão.
 
Seja quem for o criador dessa máxima, é possível perceber que ela dá margem a controvérsias, pois o que não mente jamais é a matemática, que é expressa por números, mas não é a única ciência balizada pelos algarismos numéricos.
 
Se os números jamais mentissem, o Botafogo seria o atual campeão brasileiro, posto que liderou o campeonato do ano passado na maior parte do tempo, levando cronistas esportivos a quebrarem a cara, apontando-o como virtual campeão, e no final tudo quanto conseguiu não passou de um modesta 6ª colocação, assegurando-lhe vaga para a pré-Libertadores. 
 
Como na verdade os números podem mentir, sabe-se com quase absoluta certeza que o atual Z4 do Brasileirão é fictício e possui efêmera existência, pois os times que nele figuram são na sua maioria de Clubes de ponta, que, embora já tenham caído para a série B, nunca fizeram esse papelão na companhia de agremiações da mesma grandeza,
 
Corinthians, Grêmio e Fluminense, que somam juntos nada menos do que três Campeonatos mundiais e cinco Copas Libertadores, tendo o mediano Vitória como companhia, constituem hoje o luxuoso Z4 do Brasileirão e isso, evidentemente, não deve ficar assim até o final do campeonato.
 
Vale observar ainda que um deles, Grêmio ou Fluminense, vai estar presente nas quartas de final do Torneio continental, uma vez que se enfrentam brevemente na busca desse sonhado objetivo,
 
Afinal, é forçoso reconhecer que a chamada Zona de Rebaixamento abriga, no momento, clubes com melhor histórico do que o dos ocupantes do G4, três dos quais, Botafogo, Athetico e Bahia, sequer possuem um título da Libertadores da América.
 
Dos três tradicionais clubes que momentaneamente provam o gosto amargo da "zona da degola", o Grêmio é o que menos se preocupa com a incômoda situação, posto que possui uma reserva de 6 pontos para sair dela, representada pelos dois jogos a menos que possui em relação a Corinthians e Fluminense.
 
E por falar em Grêmio, estamos às vésperas do primeiro Gre-Nal do Brasileirão, sendo chegada a hora de cogitar qual dos dois gigantes do Pampa vive melhor momento, fazendo por merecer o favoritismo do clássico.
 
Se os números jamais mentissem realmente, eu diria que o Internacional sobreleva o Grêmio largamente nas expectativas de vitória do choque-rei do futebol gaúcho. Afinal está em 9º lugar, com 8 pontos à frente do rival, que ocupa a 18ª colocação com apenas 6 pontos somados.
 
Contudo, como os números do futebol podem mentir tanto quanto os das pesquisas eleitorais
sugere-me dizer que a vantagem colorada nesse confronto é tênue, não passando de leve favoritismo.
 
Primeiro, porque, como dizia o velho dirigente colorado e ex-governador do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti, "Gre-Nal é Gre-Nal".
 
Segundo, porque essa vantagem do Internacional sobre o Grêmio no campeonato brasileiro foi alcançada enfrentando adversários de menor expressão, haja vista que enquanto o tricolor já jogou com todos os atuais integrantes do G4, o colorado teve pela frente apenas um deles, representado pelo Athletico Paranaense.
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232.
 
Foto: UOL

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