Gabigol e Bruno Henrique fazem com que a balança penda para o lado do Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Gabigol e Bruno Henrique fazem com que a balança penda para o lado do Flamengo. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Por Wladimir Miranda

Seria irônico, não fosse trágico para a torcida do Santos. Flamengo e Santos disputam a ponta do Campeonato Brasileiro. E os dois jogadores que fazem a diferença, em gols, Bruno Henrique e Gabigol, para o lado do Rubro-Negro, vieram da Vila Belmiro. Um deles, Gabigol, e o que aumenta a ironia, cria do CT Rei Pelé, descoberto pelo inesquecível José Ely de Miranda, o eterno capitão santista Zito.

Ambos já fizeram 21 gols na competição. Ou seja, fazem com que a balança penda para o lado do Flamengo na hora de computar o número de tentos marcados.

Claro, o Flamengo tem um elenco recheado de craques, comprados por milhões de dólares. Dólares, e nem mesmo reais, que o Santos não tem. Aliás, o que time da Baixada tem mais neste momento é dívida.

O time carioca, pelo massacre técnico e tático que impos ao Palmeiras neste domingo credencia-se como o maior candidato ao título de campeão brasileiro. Como se já não fosse um seríssimo candidato a ficar com a Copa Libertadores da Libertadores, embora na competição sul americana a disputa seja mais complicada, pois tanto River Plate como Boca Juniors são rivais de muito respeito.

O Palmeiras, pela maneira como foi dominado no Maracanã, vai precisar de tempo e de muita conversa para se recompor. E tenho muitas dúvidas se a reação virá sob o comando de Luiz Felipe Scolari.

O comandante mostra, a cada escalação e alteração que faz, não ter soluções para tirar o time da inércia. Nem Paulo Turra, seu auxiliar, parece ter ideias do que fazer. Uma troca no comando não me surpreenderia.

O Santos conseguiu reagir em Chapecó, mesmo não mostrando um futebol de encher os olhos. Mas se engana quem acha que o Santos de Sampaoli é hoje um time vulnerável. Já foi, não é mais.

As goleadas sofridas para o Ituano, Botafogo e Palmeiras foram sinais de alerta para o técnico argentino e seus comandados. Percebe-se, nas declarações do capitão Victor Ferraz, principalmente, que os jogadores santistas têm espaço para opinar no modelo de estratégia da equipe da Baixada.

O Santos no jogo com a Chapecoense foi muito mais precavido. Fez um gol, e poderia ter feito mais, não fossem as oportunidades perdidas por Sasha, mas mostrou sempre muita preocupação defensiva.

O empate cedido ao Fortaleza, depois de estar vencendo por 3 a 0, não ocorreu porque o time é ofensivo demais, como gostam de dizer alguns críticos.

O time cedeu o empate porque parou de marcar no segundo tempo. E o esquema de Sampa exige muita marcação no adversário que estiver com a bola. O que significa que o Santos perdeu os dois pontos em casa por culpa da soberba, por achar que a partida já estava ganha.

O que importa é que o Campeonato Brasileiro reserva muitas emoções. Emoções, futebol bem jogado e estádios lotados, como o Maracanã deste domingo, que recebeu mais de 65 mil torcedores.

Últimas do seu time