Há um temor por parte da torcida do Flamengo em relação ao futuro de Jorge Jesus.
Certamente, é do português o mérito de transformar este elenco em um time vencedor. A ideia de jogo implantada, a condução interna do elenco dando paz ao grupo e confiança para atingir as metas.
Em um cenário onde há uma carência de bons treinadores, quando aparece alguém diferenciado passa a ser valorizado e importante no contexto, é por isso que valeu todo o esforço para segurar o treinador e renovar o contrato de toda a comissão. Perder o mister pode significar um enorme trauma para um clube que tem dinheiro mas pode encontrar dificuldade no mercado interno para repor uma eventual ausência do treinador.
Agora surge a possibilidade de Jorge Jesus retornar para casa e dirigir o Benfica. Alguns apaixonados, na tentativa de sensibilizar o professor, chegaram ao cúmulo de afirmar que o clube de Lisboa é pequeno, na esperança de ouvir que maior que o Flamengo não há no planeta Terra. Uma enorme bobagem, o Benfica é tão grande quanto o Flamengo.
Agora pequeno mesmo é esse grupo que está tocando o dia a dia do Mengo. Uma diretoria que se acha acima do bem e do mal, que se julga onipotente, que olha os adversários de cima, que tenta levar vantagem em tudo, mas que vive dando bola fora.
A torcida já percebeu que se trata de gente soberba e que se não abrir os olhos vai enfiar o clube naquela situação de ser um dos mais odiados do país. E Flamengo não é isso. Ser Flamengo é ser do povo, batalhador, entusiasmado, feliz, porém consciente da sua real posição no contexto do futebol. Afinal, sozinho não se faz nada. Nem mesmo segurar um treinador de futebol.