Treinador obteve sucesso mundial

Treinador obteve sucesso mundial

Otto Glória, um dos maiores técnicos brasileiros de todos os tempos, que fez também muito sucesso em Portugal (dirigiu a seleção portuguesa na Copa de 1966, na Inglaterra), comemoraria neste domingo (9) 105 anos de idade.  

Otto Martins Glória nasceu no Rio de Janeiro em 09 de janeiro de 1917 e morreu em 2 de setembro de 1986.

No Brasil, teve sua carreira muito ligada aos clubes de origem portuguesa, Vasco e Portuguesa de Desportos, embora tenha passado pelo Botafogo-RJ no final dos anos 40.

Esteve com muito sucesso em Portugal, cuja seleção nacional dirigiu na Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra. Trabalhou também no Porto, Belenenses, Sporting e Benfica, de Portugal, no Olimpique de Marselha, da França, no Atlético de Madrid e no Monterrey, do México.

Otto foi o primeiro treinador brasileiro a enfrentar a seleção de seu país natal em uma Copa do Mundo. O fato aconteceu em 1966, e a seleção portuguesa dirigida por ele venceu por 3 a 1 no dia 19 de julho, diante de 62 mil torcedores.

Outro momento marcante do treinador deu-se na decisão do Campeonato Paulista de 1973 entre Santos e Portuguesa. Então à frente da Lusa, mandou que seus jogadores se retirassem rapidamente da campo quando percebeu que o árbitro Armando Marques havia errado a contagem nas cobranças de pênaltis que decidiam o título e apontado o time da Vila Belmiro como campeão.

Quando Armando percebeu a falha, os atletas do time do Canindé, que tinham remotas chances de reverter o marcador desfavorável daquela decisão, já estavam dentro do ônibus.

Frase

Otto Glória disse uma vez que "quando o time ganha o técnico é bestial. Quando o time perde, o técnico é uma besta". Faz sentido.

Foto retirada do blog Tardes de Pacaembu.

 

Foto retirada do blog Tardes de Pacaembu

 

Foto retirada do blog Tardes de Pacaembu

 

Veja Otto Glória, quando retornou ao Brasil após temporada na Europa para treinar a Portuguesa de Desportos. Otto foi autor de célebres frases como "não se faz omelete sem ovos", referindo-se a dificuldade em formar bons times com jogadores sem expressão. Foto enviada por Walter Roberto Peres

 

Em 1975 e em quase toda a década de 70, o xadrez era moda. Da esquerda para a direita: João Zanforlin, Otto Glória, Tomazzini (o "Alfaiate dos Craques"), Éder Jofre e José Carlos Cicarelli. Foto: arquivo pessoal de José Carlos Cicarelli

 

Ele foi bestial no comando do time português

 

Tudo bem que esta seleção portuguesa não levou para casa a Copa do Mundo de 1966. Mas deixou saudade em quem a viu jogar em campos ingleses. Em pé estão Alexandre Batista, Jaime Graça, Hilário, Vicente, Moraes e José Pereira; agachados estão José Augusto, Torres, Eusébio, Coluna e Simões

 

Em pé: Ithon Fritzen, Badeco, Isidoro, Wilsinho, Oto Glória, Mendes, Calegari, Tatá, Santos e Dicá. Sentados: Adilton, Rui Rei, Galli, Serelepe, Dárcio, Xaxá, Américo, Cardoso, Antônio Carlos, Esquerdinha e Enéas. Na grama: Ado, Miguel e Capelo

 

 

 

Aqui, a Lusa de Oto Glória que perdeu a final do Paulistão de 1975 para o São Paulo, nos pênaltis. Em pé: Mendes, Zecão, Badeco, Calegari, Santos e Cardoso. Agachados: Antonio Carlos, Enéas, Tatá, Dicá e Wilsinho. A foto é do dia 17 de agosto daquele ano, no Morumbi, quando Dulcídio Wanderlei Boschilia apitou o confronto. Mais de 57 mil pessoas viram Enéas, aos 31 do primeiro tempo, vencer o goleiro do São Paulo e marcar o único gol do jogo. Como na primeira partida o Tricolor tinha vencido, também pelo placar mínimo, com um gol do uruguaio Pedro Rocha, a decisão do título foi para os pênaltis. O São Paulo venceu nas penalidades por 3 a 0 e faturou o caneco. O time do técnico José Poy entrou em campo com Waldir Peres, Nelsinho, Paranhos, Samuel e Gilberto Sorriso; Chicão, Pedro Rocha, Muricy e Terto; Zé Carlos e Serginho

 

1973: Massagista Moraes, Otto Glória e um repórter não identificado

 

O massagista Walmir Moraes é o segundo da esquerda para a direita; Oto Glória é o quarto e Enéas, então um garoto em início de carreira, o último

 

Otto Glória na Portuguesa, em 1973. À esquerda, o marcante Morais, fiel massagista da Lusa. Ele só saiu do Canindé para trabalhar com o São Bento, em Sorocaba, onde mora

 

Este é o time do Vasco campeão carioca invicto em 1949. Em 20 jogos, foram 18 vitórias e dois empates. Na primeira fila estão: o massagista Mário Américo, um integrante da comissão técnica, Sampaio, Augusto, Barbosa, Wílson, Laerte e dois membros da comissão técnica. Na segunda fila estão: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), o técnico Flávio Costa, Oto Glória (então membro da comissão técnica), Danilo e Eli. Na terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir de Menezes (o Queixada), Lima, Ipojucan, Heleno de Freitas, Chico e Mário.

 

Na década de 60 e em 1983

 

Em 1983, treinador do Vasco, último clube em que trabalhou. Foto: Revista Placar

 

Benfica no Maracanã, em 1955. Em pé: Costa Pereira, Jacinto, Caiado, Alfredo, Artur, Angelo, Bastos e Otto Glória (treinador). Agachados: Zezinho, Arsenio, Águas, Coluna e Palmeiro

 

Xaxá e Otto Glória, em um treino da Portuguesa nos anos 70. Foto retirada do blog Tardes de Pacaembu

 

Elenco da Portuguesa de Desportos, em 1973. Da esquerda para direita, em pé: Oswaldo Teixeira Duarte (o primeiro), Calegari (o quarto), Wilsinho, Cabinho, Zecão, Mendes, Antônio Carlos, Isidoro, jogador não identificado, Tatá, Cardoso (o Cardosinho), Oto Glória (o décimo quinto) e Dicá (o décimo oitavo). Agachados: Arenghi, Eneas, Miguel e Xaxá (o quinto). Foto enviada por Walter Roberto Peres

 

Otto Glória, técnico do Santos, enfrentou o Marília-SP, do técnico Vail Mota, em 1978. Marcos Falopa trabalhava com Mota no time do interior paulista.

 

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