O Santos está uma bagunça.
Menos de 24 horas após a demissão de Jesualdo Ferreira, William Thomas, gerente de futebol, e responsável pela contratação do treinador português, pediu demissão.
Nos bastidores políticos, o caos.
O processo de impeachment do presidente José Carlos Peres segue a passos de gigante.
Será o segundo.
Peres conseguiu se safar do primeiro, contando com os votos dos sócios santistas que moram na Capital.
Sócios da Capital que na Baixada são chamados de “forasteiros”.
Mas esta é outra história.
O atual presidente, seu mandato vai até dezembro próximo, mas é muito provável que seja afastado antes, faz uma péssima administração.
William Thomas é o sétimo diretor de futebol a pedir demissão na Era Peres. Gustavo Vieira, Ricardo Gomes, Paulo Autuori, William Machado, Gabriel Andreata e Sérgio Dimas também não concordaram com o modo de administrar de Peres e pediram para sair.
Sob o comando do cartola, o Santos foi punido pela Fifa por não pagar o Hamburgo pela compra do zagueiro Cléber Reis e tem débitos com o Clube Brugge, da Bélgica, pelo empréstimo de Luan Peres, com o Atlético Nacional (zagueiro Felipe Aguilar) e com o Huachipato, do Chile, ainda pela compra de Soteldo.
Isto sem falar em Cueva, que abandonou o clube, deixando o Santos com uma dívida de R$ 26 milhões, com o Krasnodar, da Rússia.
O costariquenho Bryan Ruiz também preferiu ir embora e, claro, o Santos terá de arcar com a dívida.
São inúmeros os problemas de gestão.
Sim, uma catástrofe.
Questões acumuladas por causa do tempo de parada do futebol por causa da pandemia.
Peres começou o seu mandato na Vila Belmiro sob olhares de desconfiança. Seu parceiro de chapa, Orlando Rollo, e o rolo aí é sobrenome, nada a ver com as confusões que arruma, virou logo inimigo.
Rollo foi afastado do cargo de vice.
Virou opositor.
O Conselho Deliberativo, presidido por Marcelo Teixeira, ex-presidente do clube, quer acelerar o processo de impeachment para Peres cair fora logo.
Há a promessa de que um grupo será criado para gerir o Santos até as eleições, marcadas para dezembro próximo.
São fortes os rumores de que empresários ligados ao clube teriam oferecido ajuda financeira para amenizar a crise.
Peres, afirmam, recusou a oferta.
Cuca, desempregado desde que deixou o São Paulo em setembro de 2019, deve ser o substituto de Jesualdo Ferreira.
Meses antes de demitir o português, Peres já falava de seu sonho em trazer Cuca de volta.