Sempre fui um zero à esquerda em matemática.
O trauma aconteceu na antiga 5ª série do ginásio, hoje sexto ano do ensino fundamental.
Minha professora, Greyce, pediu que levássemos papel cartão para nos explicar algo que nunca entendi: sistema binário.
Base 2... Lembro de recortar pedaços do papel para representar isso.
Tenho um profundo respeito por quem consegue resolver uma equação de 2º grau. Se for composta, então...
Tirava o chapéu para colegas do colegial que em um piscar de olhos descobriam o horário de chegada a Cuiabá de uma família a bordo de um carro que saía de Torixoréu às 8h53 andando a 64km/h de média.
Eu ficava até comovido com tamanha destreza.
Porém, em tarefas matemáticas mais simples, no popular "arroz com feijão", eu me virava.
As quatro operações básicas e aqueles sinais > (maior) e < (menor), por exemplo.
Confesso que eu sempre fazia um risquinho nos sinais para transformá-los em 7 ou 4, o que fazia com que eu não confundisse um com o outro...
O preâmbulo (gosto dessa palavra) é simplesmente para dizer que entendo bem que 7 é maior que 4, assim como U$ 45 milhões é bem mais dinheiro que US$ 3,5 milhões...
Estes são, respectivamente, os valores salariais pagos pela Ferrari em 2019 a Sebastian Vettel e Charles Leclerc, segundo o F1 Weekends no YouTube.
Leclerc, quando assinou contrato com o time italiano, certamente sabia da condição de prioridades a Vettel, o que se repetiu, mais uma vez, durante o GP da China, no último domingo.
É "chover no molhado" dizer que as ordens vindas dos boxes não pegam bem.
"Fulano está mais rápido que você", que significa "deixe fulano passar", causa revolta mesmo quando se sabe que isso está minuciosamente explicitado em contrato.
A Ferrari paga quase 13 vezes mais a Vettel do que a Leclerc.
Esse abismo salarial justifica as decisões escarlates.
Como serve de justificativa para duelos passados, de Schumacher x Barrichello e Alonso x Massa.
Imaginem como ficaria para a "turma do financeiro" de Maranello se um sujeito desbanca alguém que ganha quase 13 vezes mais que ele...
O presidente da empresa, baseado na frieza dos números, indagaria o porquê em pagar tanto a alguém se outro faz melhor ganhando bem menos...
Isso vale para qualquer empresa.
Parafraseando Caetano, é a "força da grana que ergue e destrói coisas belas".
Na condição de espectador, gostaria de ver o talento vencer, sempre.
A floresta ganhar do cimento, o oxigênio trucidar o gás carbônico, a água afogar os agrotóxicos e o professor derrotar o capitão.
E, em um tira-teima, a poesia de Quintana dar um chapéu na matemática de Pitágoras.
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