A menos de duas semanas do reinício do Campeonato Paulista, o presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, falou sobre a luta da equipe campineira contra o rebaixamento, necessitando dos seis pontos nos dois próximos confrontos, diante do Novorizontino e do Mirassol.
“Nosso protocolo é vencer. Vamos para a guerra, vamos pro pau para reverter a situação dentro de campo. É essa situação dentro de campo que também vai definir o futuro de muitos atletas dentro da Ponte”, disse o mandatário da Ponte.
Tiãozinho, em entrevista coletiva na última sexta-feira (10), também abordou outros temas sobre o clube e a situação em geral do futebol, paralisado em razão da pandemia do novo coronavírus.
Retomada dos jogos no Paulista
Estamos convencidos que a Ponte não está se preparando apenas para jogar as duas partidas que faltam para a primeira fase. São duas partidas importantíssimas, nas quais precisamos jogar nossa vida em campo, mas a Ponte quer mais. Acreditamos que podemos vencer esses jogos e prosseguir na competição, sonhando um pouco mais alto.
Reforços
Nós reforçamos a equipe pensando não só no Paulista, mas já no Brasileiro da série B. Claro que gostaríamos de contar com todos os oito contratados, mas infelizmente a regra da competição neste retorno não permite. Então vamos fazer todo esforço para colocar o Osman em campo e tentar viabilizar a inscrição do Moisés a tempo também. Também já deixamos muito claro para todos que a Ponte não encerrou seu ciclo de contratação. Precisamos reforçar alguma situação no ataque, precisamos de alguma peça para o sistema defensivo. Até o dia 20 de julho, até o ultimo minuto, a Ponte vai buscar reforçar seu grupo para essa reta final do Paulistão, para que possamos entrar com força máxima.
Adaptações nas regras do Paulista
A proposta do presidente da FPF foi não entrar em debate sobre mudanças significativas nas regras da competição, o que ele abriu para debate foi apenas uma adaptação sobre as inscrições de jogadores. Então existe ainda muita dúvida em relação ao regulamento. Me parece que ainda a reunião não terminou, ainda tem situação em aberto, dúvidas se aquilo que chamamos de adequação ao regulamento significa adequação mesmo ou alteração. A preocupação central da Ponte é o direito de exercer o mando, o direito de jogar no Majestoso. Não temos nenhuma garantia de como estaremos no dia 22. Na segunda-feira (13) teremos uma próxima reunião para avançar esse tema. Não teve disposição da Federação de colocar outros temas em debate, como o rebaixamento, para não aumentar a insegurança jurídica do campeonato.
Mando de campo
Hoje só cinco equipes podem jogar em suas cidades, basicamente os que mandam jogos na capital e o Água Santa. Onze clubes no estágio atual não podem jogar em seus estádios. Então hoje considero muito pouco provável que a Ponte consiga jogar em Campinas. Estamos orientando a comissão técnica no sentido de buscar alternativas. Vários clubes disponibilizaram suas estruturas para essas partidas. Vamos ter uma nova reunião na segunda-feira e vamos aguardar esse posicionamento, ouvir orientações sanitárias e buscar realizar os jogos em lugares que os atletas estejam seguros. Também temos de considerar a condição do gramado dos estádios. E uma outra questão é que o regulamento estabelece que todos os jogos da última rodada tem de ser no mesmo horário e no mesmo dia, e hoje não teríamos estádios disponíveis para fazer isso diante das regras da pandemia.
Ajustes na pandemia
Todas as atividades econômicas foram afetadas pela pandemia e não estamos falando apenas da Ponte, mas de todos os times de futebol, empresas, instituições. Como trabalho numa empresa cujo principal acionista fica na China, que enfrentou o Covid19 antes do Brasil, pudemos acompanhar mais de perto as medidas tomadas lá e nos antecipar em diversas situações. Muitas empresas tiveram dificuldades de aderir Às medidas implementadas pelo governo federal para enfrentamento da pandemia, mas a Ponte aproveitou todas as janelas de oportunidade. Quero cumprimentar nossos profissionais de RH, contabilidade e jurídico, pois conseguimos renegociar passivos trabalhistas, aproveitamos as medidas provisórias, colocamos a maioria absoluta dos funcionários no sistema disponibilizado pelo governo no qual ele compartilha conosco os salários, atuamos fortemente para as mudanças no profut, postergando pagamentos e incluindo outras questões no programa. Ainda assim, é claro que ninguém no futebol estava preparado para enfrentar 120 dias sem receitas no futebol , mas a Ponte buscou aproveitar o melhor possível esse período. Deixamos claro que faríamos aos jogadores uma proposta justa, preservando os menores salários e pagando aquilo que estava na carteira, colocando garantias trabalhistas,eventuais problemas de saúde ocupacionais, de forma a aferir menor prejuízo a todos os colaboradores. Dissemos claramente que não teríamos condição de pagar direito de imagem, pagamos apenas uma parte, e temos a expectativa de ir – ao contrário de vários clubes - saldando o resto quando as competições voltarem, ma medida em que formos avançando na Copa do Brasil. No entendimento nosso, a Ponte não deve nada, nenhum centavo a ninguém, estamos honrando o que prometemos.
Gestão equalizada
Nosso departamento financeiro conseguiu equacionar tudo. Só neste último mês, e em decorrência de atrasos de clubes renomados no futebol internacional que não conseguiram honrar seus compromissos, contamos com a colaboração de Sérgio Carnielli para quitar pendências agora em julho. Estamos preparados para enfrentar o segundo semestre. Claro que não queremos nos desfazer do Ivan, mas como tem muita gente querendo, se isso acontecer a gente entra em situação financeira muito confortável no segundo semestre para buscar o acesso.
Ivan
Tem coisas que são escolhas na vida. Uma escolha que fizemos com o Ivan é não fazer liquidação. A Ponte está organizada o suficiente para fazer uma negociação com o Ivan que atenda o que o Ivan representa, não apenas o que a Ponte quer. O Ivan, seguramente, é um dos melhores goleiros do mundo hoje. Acho que a gente tem de se orgulhar disso. A Ponte vai esperar a melhor proposta. Eu, pessoalmente falando, entendo que não vai acontecer muita coisa até o desfecho das principais competições na Europa. Depois devem aparecer boas oportunidades para nosso camisa 1.
Pagamentos de Camilo e Emerson
Os dirigentes do Lyon garantiram que vão honrar com a parcela do dia 31 de julho, agora, referente ao Camilo. O pagamento está no nosso planejamento para cair no começo de agosto. Sobre as pendências do Emerson, estamos na expectativa de receber os recursos. A vida não está fácil para ninguém, mas há o compromisso dos clubes envolvidos de resolver esse problema até o fim de julho.
Com informações do Departamento de Comunicação da A.A.Ponte Preta
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