Depois de ceder empate no primeiro tempo, Grêmio massacra o Santa Cruz na esta complementar

Depois de ceder empate no primeiro tempo, Grêmio massacra o Santa Cruz na esta complementar

Este é o meu primeiro comentário sobre campeonatos regionais que se desenrolam pelo Brasil afora.
 
Vou me reportar sobre o Gauchão, já que como gaúcho de nascimento e criação foi no Rio Grande do Sul que formatei minhas raízes futebolísticas.
 
Começo pelo jogo Grêmio x Santa Cruz, na Arena, que assisti nesta tarde de sábado, confronto este que me obrigou a mudar de opinião em coisa de mais ou menos 30 minutos de bola rolando.
 
O primeiro tempo terminou em 2 gols para cada lado, com o Grêmio deixando o modesto Santa Cruz chegar ao empate depois de estar vencendo o time do interior por 2 a 0.
 
Tratava-se de um empate merecido, porque o tricolor de Renato Gaúcho fizera um péssimo primeiro tempo, deixando sua torcida apreensiva nas arquibancadas, ante a possibilidade de um terceiro jogo consecutivo sem vitórias contra times pequenos.
 
Era o último compromisso do Grêmio antes do primeiro Gre-Nal do campeonato gaúcho e, com base no fraco desempenho gremista, falei no intervalo da partida que, a julgar pelo que o time  tinha revelado até então, o Internacional, que vem tendo boas atuações nos últimos jogos, era o favorito para vencer o clássico. 
 
Eu não poderia imaginar contudo que, num só jogo de futebol, eu veria dois Grêmios completamente diferentes nas duas etapas da partida.
 
Um no primeiro tempo,  bisonho, apático, errando muitos passes, com uma só andorinha tentando fazer verão, através de um jovem oriundo da base chamado Gustavo Nunes; outro na etapa complementar, que conseguiu transformar um sofrível 2 a 2 numa goleada de 6 a 2 em curto espaço de tempo.
 
Isso, contudo, não aconteceu por acaso, mas pela entrada em campo de um estreante argentino recém contratado, chamado Pavón, que mudou completamente a fisionomia do ataque gremista, fazendo jogadas insinuantes pela direita, com um belo gol e duas assistências para outros,  fazendo aquilo que Luis Suárez fazia com a camisa tricolor.
 
Além da brilhante estreia de Pavón, o novo Grêmio do segundo tempo alcançou parte considerável dessa subida relâmpago de produção por conta da boa atuação de outra contratação recente, o jogador Du Queiroz, usado por Renato para recompor o time.
 
Claro que me vejo forçado a reformular meu ponto de vista em relação ao Gre-Nal que vem aí, dizendo, em função do que me foi dado observar na etapa derradeira do jogo Grêmio x Santa Cruz, que o próximo clássico dos Pampas não tem favoritos coisa nenhuma.
 
"Para não dizer que não falei de flores", eu até poderia atribuir ao Inter um leve favoritismo, considerando que o Gre-Nal será no Beira-Rio, mas não farei isso porque o Grêmio de Portaluppi já provou em outras ocasiões que a casa do arquirrival não o assusta, há já vista ter colhido por lá resultados folgadamente surpreendentes. 
 
Fale com nosso comentarista esportivo,  colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)99176232.
 
Foto:UOL

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