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Os dirigentes de São Paulo e Corinthians recorreram a um expediente muito utilizado pelos clubes em outras décadas. A ida de Jadson para o Timão e Pato para o Tricolor Paulista foi apenas à décima quarta transação entre os dois times.

Em levantamento realizado pelos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Celso Unzelte  içou as 13 negociações anteriores.

Veja a lista abaixo:

AGOSTINHO - Do São Paulo para o Corinthians (1941)

Do Corinthians para o São Paulo (1942)

ALFREDO RAMOS - Do São Paulo para o Corinthians (1957)

CLAUDIO CHRISTOVAM PINHO - Do Corinthians para o São Paulo (1959)

ÉDSON CEGONHA - Do Corinthians para o São Paulo (1969)

PIAU - Emprestado pelo São Paulo ao Corinthians (1975)

OSVALDO CUNHA E PRADO (SÃO PAULO) POR EDUARDO (CORINTHIANS) - 1967

SÉRGIO VALENTIM - do São Paulo para o Corinthians (1975)

MIRANDINHA - Do Corinthians para o São Paulo (1973)

CASAGRANDE - Do Corinthians para o São Paulo (1984)

Do São Paulo para o Corinthians (1985)

PAULO CÉSAR CAPETA - Do São Paulo para o Corinthians (1984)

SOUZA - Do Corinthians para o São Paulo (1998)

RICARDINHO - Do Corinthians para o São Paulo (2002)

 

Doval

Outras equipes desfrutaram do mesmo recurso, sem dúvida o ex-presidente do Fluminense, Francisco Horta, movimentou o futebol carioca na década de 70 realizando troca-trocas históricos com coirmãos do Rio de Janeiro.

A primeira experiência foi com o Flamengo, Horta, deixou de fora, Rivellino e o Fla, Zico.  Nas  Laranjeiras chegaram Doval, Renato e Rodrigues Neto e na Gávea, Toninho Baiano, Roberto e Zé Roberto.

Em seguida, Horta, propôs ao Vasco, trocar Dirceu Guimarães por Luis Carlos e ao Botafogo,  pediu Marinho Chagas e Miranda e cedeu Paulo Cézar Caju, Rodrigues Neto e Gil.

Depois disso, a Máquina Tricolor, como era conhecida a esquadra montada pelo ex-presidente colheu vários fracassos e o dirigente foi até amaldiçoado pela torcida.

Outra negociação histórica ocorreu entre Corinthians e Palmeiras em 1989.  Afastado pelo então técnico palmeirense Emerson Leão, o meio-campista Neto e o lateral Denys desembarcaram no Parque São Jorge, em contra partida embarcaram para o Palestra Itália, Ribamar e o lateral Dida.  Neto, foi campeão brasileiro em 1990 e virou um dos maiores ídolos do alvinegro paulistano .

Santos e São Paulo também realizaram o seu troca-troca em três oportunidades. A primeira, a equipe do Morumbi levou Pita, da Baixada Santista, e cedeu Zé Sérgio e Humberto.  Nos últimos anos foram os volantes Axel e Rodrigo Souto para reforçar os são-paulinos e no Peixe, Dinho e Arouca.

Santos e Palmeiras também negociaram. César Sampaio foi para o Verdão e os santistas se reforçaram com a promessa Serginho Fraldinha e o meio-campista Ranieri.

Outro marcante Troca-Troca, foi entre São Paulo e Cruzeiro, o famoso 5 x 2. Em retribuição a Belletti e Serginho, foram enviados para a Toca da Raposa Gilmar, Vitor, Donizeti, Palhinha e Ronaldo Luís.

Nestas negociações, os comandados por Juvenal Juvêncio se dão muito bem.  Desta vez, trouxe do rubro negro em 1991, o então lateral Leonardo e mandou por empréstimo o veterano Nelsinho Kerchner.

Além da criatividade, os cartolas brasileiros se diferenciavam dos atuais pela sensibilidade, conhecimentos técnicos e por não almejarem cargos em outras esferas que não eram das instituições que se dedicavam. Por este motivo o troca-troca era um método eficiente para reforçar os elencos e o financeiro.