Em 12 de março de 2010, no Anhembi, então chefe de equipe na Indy. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal Terceiro Tempo

Em 12 de março de 2010, no Anhembi, então chefe de equipe na Indy. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal Terceiro Tempo

O meio do automobilismo ainda está em choque com a inesperada morte do ex-piloto Gil de Ferran na última sexta-feira (29).

Aos 56 anos, ele estava guiando um carro ao lado de Luke, seu filho, em um circuito particular em Opa-locka, na Flórida quando se sentiu mal e parou o veículo na entrada dos boxes.

Ele chegou a ser reanimado e levado com vida a um hospital, mas não resistiu. Gil era casado com Angela, com quem teve dois filhos: Anna e Luke.

Bicampeão da Indy de forma consecutiva, em 2000 e 2001, e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis na edição de 2003, atualmente ele trabalhava como consultor na McLaren, na Fórmula 1.

Costumeiramente solícito com a imprensa, Gil de Ferran conversou de forma exclusiva com a reportagem do Portal Terceiro Tempo em 12 de março de 2010, dois dias antes da primeira edição da São Paulo Indy 300, no Anhembi.

Falando ao jornalista Marcos Micheletti, Gil de Ferran, então um dos sócios da De Ferran Luczo Dragon, equipe que compunha o grid da categoria, cujo piloto era o brasileiro Raphael Matos, deu sua opinião sobre o traçado e o que previa para a prova, que acabou sendo vencida pelo australiano Will Power, da Penske. Seu piloto, Raphael Matos terminou em um ótimo quarto lugar, após larga na 12ª posição.

ABAIXO, A ENTREVISTA COMPLETA DE GIL DE FERRAN A MARCOS MICHELETTI, DO PORTAL TERCEIRO TEMPO, EM 12 DE MARÇO DE 2010, NO ANHEMBI

Portal Terceiro Tempo: Gil, qual foi sua primeira impressão quando você viu o circuito do Anhembi?

Gil de Ferran: Eu cheguei aqui no domingo (6) e a primeira impressão foi que é uma pista enorme. Realmente é um circuito de rua muito grande, muito além de outros circuitos que eu já vi ao redor do mundo. Essa empreitada não foi fácil e eu gostaria de parabenizar todo o pessoal envolvido. A Rede Bandeirantes, a ReUnion, a Prefeitura, a Dersa, a CET, enfim, estão todos de parabéns pelo tempo muito curto, e eles fizeram um trabalho muito bom.

Portal Terceiro Tempo: E o asfalto. Você chegou a andar no trajeto?

Gil de Ferran: Olha está muito ondulado. Eu não sei se piorou nos últimos dias na Marginal, com o tráfego de caminhões. Mas isso já era esperado, como em todo o circuito de rua é uma realidade com a qual nós já estamos acostumados a trabalhar.

Portal Terceiro Tempo: Vocês já tem ideia em quanto terão que levantar a suspensão para minimizar o problema?

Gil de Ferran: A gente já tem uma ideia, mas só depois das primeiras voltas é que a regulagem vai ser definida. Esse vai ser o nosso maior desafio na hora de acertar o carro, fazer com que ele passe bem por essas ondulações, não bata muito no chão, ande rápido nas retas e tenha boa aderência nas curvas.

Portal Terceiro Tempo: E com relação aos pneus, quais os compostos que a Firestone trouxe para São Paulo?

Gil de Ferran: A Firestone trouxe dois compostos: um mais mole, mais aderente e outro mais duro. E como o número de pneus duros é maior, nós vamos guardar os moles para os treinos e para o final da prova.

Portal Terceiro Tempo: E ainda sobre os pneus, qual a expectativa da Ferran Luzco Dragon em termos de paradas, em função da abrasividade do asfalto?

Gil de Ferran: Olha, a nossa expectativa é entre duas ou três paradas, no mínimo. Caso aconteçam muitas bandeiras amarelas aí o número de paradas será maior.

  

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