No sábado, o Flamengo venceu o Palmeiras em Lima, pelo escore mínimo, e conquistou o título da Copa Libertadores da América, tornando-se o primeiro clube brasileiro a ostentar o tetracampeonato dessa competição.
Por conta disso, tem gente. - inclusive da mídia - dizendo que o rubro-negro carioca passou a ser, a partir dessa conquista, o recordista brasileiro no panorama internacional.
Na verdade, contudo, a coisa não é bem assim, pois nesse aspecto a hegemonia Internacional continua com o São Paulo FC, que possui três títulos mundiais e três Libertadores, totalizando, portanto, seis conquistas internacionais contra cinco do Flamengo.
O Santos também continua à frente do Flamengo no plano internacional, pois possui os mesmos cinco títulos internacionais que o clube carioca agora tem, com a vantagem de que dois deles são de magnitude universal.
Embora os mundiais de antigamente fossem disputados por apenas dois clubes, eles sempre representaram uma conquista de nível planetário e não apenas subcontinental como a da Libertadores da América.
A colocação correta consiste em afirmar-se que os melhores aproveitamentos brasileiros, nas disputas internacionais interclubes são, pela ordem, os alcançados pelo São Paulo, Santos, Flamengo, (Corinthians e Grêmio), Internacional, Palmeiras, Cruzeiro e, com apenas uma Libertadores, Atlético MG, Botafogo, Fluminense e Vasco.
Para dirimir qualquer dúvida observo que Corinthians e Grêmio aparecem empatados, nesta comparação, porque o mundial de clubes vale por duas Libertadores, algo que o clube paulista tem um a mais do que o tricolor gaúcho, compensando assim os dois títulos subcontinentais que este possui a mais.
Mas este paralelo de conquistas internacionais entre agremiações do país tem caráter apenas histórico, pois ele não impede que se aponte o Flamengo como a melhor equipe do futebol brasileiro da atualidade, o que conduz a uma reflexão inevitável.
Filipe Luís, que se sagrou campeão da América e deverá conquistar também o título brasileiro deste ano, treinando o Flamengo, iguala-se a Jorge Jesus, o técnico português que conseguiu essa façanha no ano de 2019.
Com essa performance alcançada pelo técnico flamenguista, reabre-se a discussão entre os que defendem e os que se revelam contrários à contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para dirigir a seleção brasileira, deixando no ar uma pergunta: será que não havia nenhum treinador brasileiro capaz de assumir o comando da seleção com chance de conduzi-la a bom termo na próxima Copa Mundo ?
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