Quando chegou ao Bayern de Munique aos 14 anos em 1998, Bastian Schweinsteiger ainda não tinha decidido se queria mesmo continuar jogando futebol ou se dedicar ao esqui, seu esporte favorito.  13 anos depois, o jovem deve estar bem feliz pela carreira escolhida. Afinal se tornou um dos maiores meio campistas do futebol atual.
Bastian começou a jogar como meia ofensivo e demonstrava bastante habilidade para desarmar e também passar. Nos quatro anos até sua estreia com a camisa bávara profissionalmente, venceu o Campeonato Alemão Sub-17 e Sub-19 em 2001 e 2002. Até receber uma oportunidade naquele mesmo ano.
Como tudo começou
A estreia aconteceu logo na Liga dos Campeões contra o Lens em novembro de 2002 e começou logo fazendo a jogada do gol, marcado por Faulner.  Com apenas 18 anos começava a história de Schweinsteiger como profissional. No restante da temporada participou de 16 jogos e marcou dois gols na campanha do título da Copa da Alemanha, ajudou o clube também ao título da Bundesliga.
Daí em diante pode-se dizer que a carreira acelerou e pegou carona no vento, mais ou menos como faria em sua possível trajetória no esqui. Aliás, Bastian afirma que muito do equilíbrio e visão que demonstra dentro de campo são frutos de seu tempo como esquiador.
O jovem começou então a emendar um série de boas atuações no meio-campo do time bávaro passando uma segurança e até liderança pouco comum para um garoto de 20 anos. Atrelado por algum tempo como garoto-problema por seu temperamento explosivo e gana de conquistar títulos e vitórias, o começo de Bastian como profissional foi bem diferente.
Convocado para a seleção alemã no ano de 2004, fez uma boa estreia em uma amistoso contra a Hungria, o que lhe rendeu uma convocação para a Eurocopa do mesmo ano. Foi um dos poucos que se salvaram da campanha pífia da Alemanha que foi eliminada ainda na fase de grupos por Republica Tcheca, Holanda e Letônia, sem vencer sequer um jogo.
Apesar da boa impressão na Euro, Schweinsteiger teve problemas com o novo técnico do Bayern, o sempre controverso e durão Felix Magath. Apesar disso o time conseguiu novamente a dobradinha Copa e Liga e Bastian foi para a seleção alemã disputar a Copa das Confederações em seu próprio país.
Foi titular e considerado o grande jogador do time na fase de classificação, mas não jogou a semifinal contra o Brasil. O time alemão foi derrotado e Bastian voltou para a decisão de terceiro lugar na qual ajudou sua seleção a derrotar o México e conquistar o terceiro lugar e recuperar o orgulho do país.
Jogador de seleção
Ao voltar para a  Bavaria, foi relegado ao time reserva pelo seu técnico-desafeto, mas o treinador logo mudou de ideia, pois sabia que "Schweini? era imprescindível ao time. Assumindo uma posição mais importante no meio campo do time com um grande parceria com o "craque? Michael Ballack, o Bayern conquistou pela terceira vez em quatro anos a dobradinha Copa e Liga, consolidando ainda mais seu domínio no país.
A Copa do Mundo de 2006 era a grande festa do povo alemão. Entusiasmado com o bom futebol apresentado na Copa das Confederações, o título era dado como bastante provável: "Se o time de 2002 que era mais fraco tinha conseguido chegar a final, o que faria esse novo time??, diziam os alemães.
Schweinsteiger formou um poderoso meio-campo com Schneider, Frings e Ballack (esse último ausente da estreia), até a semifinal contra a Itália na qual novamente Klinsmann inexplicavelmente deixou Bastian no banco de reservas, escolhendo a dupla Kehl e Borowski, com mais poder de marcação, para substituir o suspenso Frings. O time foi eliminado em uma emocionante prorrogação já com o jovem alemão de 22 anos em campo.
Contra Portugal na decisão do 3º lugar, foi que o mundo conheceu Schweinsteiger. Que até então era um discreto meia no time alemão. Atuando com desenvoltura, o garoto marcou dois gols e forçou o terceiro marcado contra por Petit, e assim acabou dando mais uma "medalha de bronze? para a Alemanha.
Agora como volante
Após dobradinha com o Bayern na temporada 2007/08, o próximo passo seria a Euro 2008. Foi relegado ao banco de reservas durante a fase de grupos chegando até a ser expulso nos acréscimos do jogo contra a Croácia, mas voltou ao time marcando gols decisivos nas quartas e na semifinal contra Portugal e Turquia, respectivamente. Mas mesmo a evolução mostrada pela forte Alemanha foi incapaz de parar a fúria espanhola em seu primeiro título da nova fase.
O sonho agora era conquistar o título da Uefa Champions League. Até a temporada de 09/10, os melhores resultados de Bastian eram quartas de final, atingidas por quatro vezes. Mas naquela temporada o time parecia imbatível conquistando nova dobradinha na temporada 09/10. A sua quinta em oito anos, trazendo à tona a frase de que ano sim ano não o Bayern é campeão alemão. Chegando até a tão sonhada final da Champions, a tríplice coroa não foi possível, pois com uma atuação irreconhecível o Bayern foi presa fácil para a Internazionale de Mourinho, adiando o sonho de Schweinsteiger por mais alguns anos.
Foi com a Alemanha na Copa que Schweinsteiger recebeu os devidos elogios. Como maestro da surpreendente ofensiva seleção foi considerado por muitos como o grande jogador da competição. Sendo considerado o jogador experiente daquele meio-campo acompanhado por Ozil, Muller e Khedira, Bastian tinha apenas 25 anos e enfim era consolidado como um volante talentoso, dinâmico e decisivo. Foi com Jupp Heynckes, no Bayern, que ele se transformou. 
Desempenhando um papel mais defensivo no time, foi o iniciador de quase todas as jogadas de gol nas goleadas sobre Inglaterra e Argentina nas fases posteriores. Na semifinal, o adversário seria novamente a Espanha. Com um futebol pragmático a futura campeã mundial venceu por 1x0 com um gol de Puyol e novamente a Alemanha e Bastian iriam disputar o terceiro lugar.
Com mais uma grande exibição, apesar de estar claramente desmotivada a Alemanha leva a sua terceira "medalha de bronze? nas últimas quatro competições. Ao final da competição, foi escolhido para o "All Star Team? da Copa do Mundo. Uma escolha merecida e uma forma de reconhecer as atuações desse trabalhador.
Entre os maiores
Considerado o bastião dessa nova geração, Schweinsteiger pode se orgulhar de levar sua Alemanha novamente a um lugar constante no top 3 das competições Internacionais. E com o futebol desempenhado, muitos analistas já a consideram como a seleção a ser batida para a Copa do Mundo de 2014.
Com 27 anos e nove anos de carreira profissional, Schweinsteiger já acumula cinco títulos da Bundesliga, além de cinco títulos da Copa da Alemanha. Jogou 90 partidas pela Alemanha, caminhando a passos largos para superar o recorde de 151 de Matthaus. Agora só falta à ele, um título da ChampionsLeague e algum com a Seleção Alemã. O ex-esquiador ainda terá tempo para isso.
Ficha técnica
Nome completo: Bastian Schweinsteiger
Data de nascimento: 01/08/1984
Local de nascimento: Kolbermoor, Alemanha
Clube: Bayern de Munique
Seleção de base que defendeu: Alemanha sub-21
Foto: Placar
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