O futebol brasileiro precisa de mudanças profundas

O futebol brasileiro precisa de mudanças profundas

Apesar de acreditar que o Brasil vive uma séria crise de qualidade de treinadores de futebol, também reconheço que alguns seguem sendo uma referência na profissão.

Nomes como Vanderlei Luxemburgo, Cuca, Renato Gaúcho e Mano Menezes, ainda podem ser referência para os mais novos. Porém, é entre os jovens onde existe uma maior preocupação com o futuro da profissão no Brasil.

Nem é preciso fazer conta para descobrir que os nossos vizinhos argentinos possuem um número muito maior de técnicos de futebol trabalhando com sucesso em importantes centros europeus. Enquanto isso, os nossos profissionais seguem se contentando com países árabes e do oriente, locais de prestígio muito inferior. Não vou entrar no mérito dessa discrepância, mas pretendo entender o motivo pelo qual nossa renovação de treinadores segue sendo bem abaixo do esperado.

Um erro grave que vejo no treinador brasileiro – dos veteranos aos novatos – é o negacionismo, termo tão usado ultimamente. Mas um negacionismo técnico e não científico. Quando um profissional vem a público durante uma entrevista coletiva virtual e tenta vender uma realidade que somente ele enxerga, indo de encontro a tudo aquilo que todos veem, ele passa a ser visto como alguém que não está conectado com a realidade, ou por má-fé deseja exibir uma verdade que não existe.

Podemos virar esse jogo se o treinador brasileiro vestir uma boa dose de humildade e reconhecer que é preciso trabalhar duro, estudar e jamais tentar apresentar uma realidade diferente daquela que todos enxergam para se proteger no cargo.

O futebol brasileiro precisa de mudanças profundas – do jornalismo esportivo, incluído – para começar a resgatar a história de glórias que está se perdendo por preguiça, presunção, acomodação e negacionismo.

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