E você, qual craque gostaria de ver no seu time?

E você, qual craque gostaria de ver no seu time?

A regra da “pelada” para a formação dos times é clara. Dois jogadores de qualidade equivalente tiram par ou ímpar e, quem vence, tem a vantagem de escolher o “atleta” mais disputado da brincadeira.

Bom, mas agora vamos imaginar uma “pelada dos sonhos”, onde você venceu no par ou ímpar e pode escolher entre simplesmente... Ademir da Guia e Rivellino!

E os dois vivendo seus melhores momentos!

E aí, qual craque você levaria para o seu time?

Abaixo, confira as respostas de nossos colunistas:

FRANK FORTES: ADEMIR DA GUIA
A comparação mais difícil da semana. Afinal de contas, O Divino e o Reizinho eram, basicamente, opostos dentro de campo. Ademir da Guia cerebral e discreto. Rivelino inquieto e pulsante. Ademir conhecia como poucos os “atalhos do campo”, desfilava no gramado, conduzindo a bola com estilo único, cabeça erguida e sempre em frente. Não precisava muito para encontrar espaço na defesa adversária e deixar os companheiros em condição de definir a jogada. Milton Neves diz sempre que ele “jogava demais, mas esqueceu de avisar”. Seu jeito tímido e de fala mansa sempre foi confundido com falta de personalidade. Talvez por isso não tenha tido uma história com a camisa da seleção brasileira. Fez apenas um jogo em Copa do Mundo, em 1974. Rivellino era impiedoso pela esquerda. Quando a bola chegava era certeza que partiria para cima do adversário. Além do drible, tinha velocidade, leitura de jogo e um dos chutes mais potentes da história do futebol brasileiro. Era um líder dentro de campo, inclusive no time campeão do mundo em 70. Com tantas feras ao lado era preciso ter muita personalidade para se destacar. Suas conquistas principais foram com a seleção brasileira, ao contrário de Ademir que, se não brilhou com a amarelinha, é o jogador mais importante, em títulos e jogos, da história do Palmeiras. Muito equilíbrio nessa difícil escolha. Mas puxo para o meu time o Divino Ademir. Claro, faço recomendação enfática ao time para que não cometa NENHUMA falta em nosso campo de defesa porque será certeza de sofrimento nos pés do Patada Atômica.

MARCOS JÚNIOR MICHELETTI: RIVELLINO
A explosão do Rivellino ajudou a potencializar o seu talento. O estilo clássico do Ademir era admirável, mas futebol precisa de mais engajamento, mais vibração, e Rivellino tinha isso de sobra. Paulo Roberto Falcão era clássico como Ademir da Guia, mas tinha explosão, apenas para exemplificar. Aliás, Falcão foi muito mais jogador que Ademir da Guia, assim como Zico foi melhor que Rivellino.

FÁBIO PIPERNO: ADEMIR DA GUIA

LUCAS REIS: RIVELLINO
Minha escolha seria Rivellino. Respeito toda a história do Divino e tenho certeza que faria a diferença no meu time da pelada. Mas gostaria de ver de perto os elásticos de Rivellino, o homem que encantou Diego Maradona.

RICARDO CAPRIOTTI: RIVELLINO
Apesar da genialidade destes craques, a carreira de Riva na seleção brasileira com o tricampeonato de 1970 dá vantagem ao ídolo da Fiel. Além de ter sido uma das inspirações de Diego Maradona.

GUILHERME CIMATTI: ADEMIR DA GUIA
Dois gênios. Qualquer um deles melhoraria o patamar dos melhores times do mundo. Para não ficar em cima do muro: fico com Ademir. Pela cadência, elegância e simplicidade. Estilo raro. Poucos foram parecidos com o eterno camisa dez alviverde. Para tranquilizar meu time na pelada: Ademir.

MARCELO DO Ó: ADEMIR DA GUIA
Para mim um jogador mais cerebral em relação a Rivellino, com uma versatilidade maior em leitura de jogo e movimentação.

WLADIMIR MIRANDA: RIVELLINO
Ademir da Guia foi um jogador de pura arte. Dominava a bola com uma elegância rara. Era um falso lento. Não corria, fazia a bola correr. Mas pagou caro por ser introspectivo demais. Não se impunha. E esta característica o prejudicou muito na Seleção Brasileira. Em 1974, tinha condições plenas para ser o titular. Mas murchou durante os treinamentos e fracassou em meio à bagunça em que se transformou a seleção, comandada pelo técnico Vicente Feola, mas com muitas interferências de João Havelange, presidente da CBD, atual CBF, à época, e também do Regime Militar vigente. Rivellino era mais decisivo do que Ademir da Guia. Impetuoso, muitas vezes rebelde, dentro e fora de campo. Seria o meu escolhido porque, com ele, eu teria um jogador para fazer lançamentos, abrir a defesa adversária com seus dribles (seus elásticos, dribles em que o adversário ia para um lado e ele saia para o outro), faziam a alegria dos torcedores e desmontavam defesas. Além disto, foi um mestre nas cobranças de faltas. Fez dezenas de gols de falta, no Corinthians, no Fluminense e na Seleção Brasileira. Seu talento fez com que ele brilhasse no Corinthians, embora, em sua época, o time do Parque São Jorge tenha amargado um jejum de títulos que fazia a alegria dos rivais. Ademir da Guia atuava em um clube, o Palmeiras que se notabilizou, nas décadas de 1960 e 1970, por formar grandes times. Ademir sempre fez parte de grandes equipes palmeirenses. No Corinthians, Rivellino tinha de jogar por ele e o resto.

LUCIANO LUIZ: RIVELLINO
Como sou um atacante nota nove e meio eu prefiro o Rivelino. Com certeza vai me deixar na cara do gol toda hora e se eu ainda cavar umas faltas sei que ele resolve para nosso time.

RENAN RIGGO: ADEMIR DA GUIA
Estamos falando de dois dos maiores camisas 10 da história do futebol nacional. Ídolos de gerações atuando cada um de um lado da maior rivalidade do estado de São Paulo. O Divino (apelido que não é nem um pouco exagerado) foi sem dúvidas o maior 10 da história do Palmeiras. Pentacampeão brasileiro e paulista pelo Alviverde, o carioca tem seu lugar garantido na mais alta prateleira dos ídolos palestrinos. O Reizinho do Parque, por sua vez, foi o maior camisa 10 da história do Corinthians e viveu na pele a seca corintiana que acabaria somente em 1977, apesar das não tão lembradas conquistas do Rio-São Paulo de 1966 e do Torneio do Povo de 1971. Dito isto, neste Dérbi de meio-campistas clássicos, a minha escolha seria por Ademir da Guia.

THIAGO TUFANO SILVA: RIVELLINO
Tecnicamente, muito parelhos. Escolho o Rivellino pela atitude em campo. Sempre preferi jogadores com “sangue nos olhos”. Ademir, um dos grandes nomes da história do nosso futebol, passava longe de ter essa característica.

PURA MAGIA

Confira abaixo vídeos com lances de Rivellino e Ademir da Guia. Para começar, os dois juntos, relembrando a rivalidade entre ambos e os clubes que defenderam e contando histórias em entrevista à TV Estadão:

Veja lances e opiniões sobre o futebol de Ademir no documentário Ademir da Guia - The Divine, produzido pelo canal NJX:

Confira o vídeo Rivellino, o Reizinho do Parque, com lances do camisa 10, postados no canal Barbosa Fútbol Videos:

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