Na semana passada descrevemos a incrível velocidade de renovação das fibras musculares: 7 a 10 dias! Isso significa que “trocamos de carne” três a quatro vezes por mês.
As principais proteínas envolvidas na contração muscular são: miosina, de cadeias pesada e leve, actina, tropomiosina, titina e alfa-actinina. Além dessas proteínas, os filamentos intermediários, principalmente a desmina e vimentina, são importantes na organização do citoesqueleto dentro do citoplasma das miofibrilas. Esses filamentos intermediários também são importantes na integração das propriedades mecânicas do músculo esquelético.
Os sarcômeros medem cerca de 2,3 µm (mícrons) de comprimento e são considerados as unidades contráteis do músculo esquelético, e curiosamente, são iguais em todos os músculos esqueléticos dos seres vivos! Isso significa que o sarcômero da galinha tem o mesmo comprimento do ser humano! Mas a natureza é ainda mais fascinante, o tamanho dos filamentos de actina e miosina nunca mudam de comprimento, nem mesmo durante a contração muscular ou no relaxamento.
Durante a contração muscular, por exemplo, são os filamentos de actina que deslizam para ambos os lados do sarcômero e se fixam firmemente aos filamentos de miosina encurtando o músculo, gerando força e energia através da liberação de ATP (adenosina tri-fosfatase).
Esses conhecimentos deveriam ser levados em consideração para o estabelecimento de um “guideline” (consenso mundial), para o tratamento das lesões musculares. É impressionante, mas até hoje 21/02/2015, fim do verão de 2015, não existe ainda na literatura um manual dessa natureza.
No futebol, por exemplo, cada país, cada equipe, cada departamento médico traça a sua conduta na base do “eu acho” ou de sua experiência particular.
Na próxima semana falaremos sobre regeneração muscular.
Fim de carnaval, bom retorno de trabalho a todos com força total!
Um abraço!
Beny Schmidt