Um jornalista precisa ser um bom vendedor para conseguir empreender

Um jornalista precisa ser um bom vendedor para conseguir empreender

Matéria reproduzida do Portal Comunique-se

Jornalista e… vendedor. Nesta semana, fiz algo considerado (infelizmente) como crime por alguns colegas de profissão: fechei a comercialização de espaço publicitário no Portal Comunique-se, veículo em que sou o editor responsável. A negociação, relacionada a uma premiação de jornalismo, me fez concluir o que já vinha há algum tempo na minha mente, de que a parte de redação e o comercial de uma empresa não podem ser rivais. Elas devem atuar de modo conjunto.

Mais do que trabalhar em parceria com a equipe comercial de uma grande empresa, um jornalista precisa ser um bom vendedor para conseguir empreender, por exemplo. Para colocar um negócio de comunicação no mercado, ele por muitas vezes estará sozinho em negociações com possíveis investidores e anunciantes. Ou alguém acha que, no começo de suas atividades, grandes empreendedores contavam com times de vendedores para tocarem essa parte?

Sites segmentados como Administradores.com e WebInsider já abordaram a vertente de que ao decorrer dos próximos anos o profissional a ser considerado um bom vendedor será o chamado “consultivo” – termo a designar quem se especializa em comercializar um determinado tipo de produto ou serviço. E, convenhamos, não há no mercado um “vendedor consultivo” melhor do que um jornalista quando o negócio em questão for compra de mídia e investimentos diversos em projetos da imprensa.

Foi com isso em mente que levei adiante a negociação de espaço publicitário no Portal Comunique-se. O representante da agência de publicidade entrou em contato e, de forma até natural, toquei as conversas. Afinal, ninguém melhor do que eu, editor responsável pelo site, para explicar detalhadamente os espaços disponíveis para divulgação, o perfil do público que costuma acessar a página e a audiência média do domínio. Além disso, como “consultor”, sugeri o melhor formato e período a ser comercializado.

Vender vai além do dinheiro
A minha primeira venda foi realizada nesta semana, momento em que fechei parcerias de conteúdo com o Talk TV e com a jornalista Krishna Mahon, que desde o ano passado comanda o canal “Imprensa Mahon”, no YouTube. O que isso tem a ver com venda? Tudo! Pois tive que ser um bom vendedor para mostrar as vantagens de se ter reportagens e vídeos divulgados por meio do Portal Comunique-se. Pensando nos colegas de forma geral, um bom jornalista tem que saber “vender” suas ideias de reportagens para a chefia e para possíveis entrevistados. Soma-se a isso, o fato de o canal de Krishna ser voltado a dicas de negócios para profissionais da comunicação social.

Também nesta semana, o Comunique-se conquistou o prêmio de melhor empresa de pequeno porte para se trabalhar no estado do Rio de Janeiro. Aqui, ressalta-se que assim com qualquer outra corporação, o Comunique-se só saiu do papel porque um empreendedor – no caso, o nosso CEO Rodrigo Azevedo – não teve receio algum em vender a sua ideia de negócio para investidores e parceiros e, consequentemente, sair vendendo as soluções e os serviços da marca. Se não fosse isso, o Comunique-se não existiria e eu, certamente, não teria fechado a minha primeira venda de publicidade.

Não é a minha opinião. É fato. Vender não deve ser considerado pecado, mesmo se o vendedor for um jornalista!

Por Anderson Scardoelli

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