Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

Santos e Palmeiras decidem o Campeonato Paulista neste domingo, na Vila Belmiro, mas não é comum ter uma decisão do torneio sem Corinthians ou São Paulo. Em 85 edições do Paulista desde o ano de fundação dos são-paulinos, essa será a 20ª em que nenhum dos dois times será campeão ou vice.

Coincidência ou não, ambos se dedicam à Copa Libertadores, prioridade da temporada. Mas, em diversos aspectos, o título paulista seria de grande valia para corintianos (eliminados por palmeirenses) e são-paulinos (pelos santistas).

Entre premiação, renda e possíveis patrocínios pontuais, é possível dizer que jogar a decisão representaria mais de R$ 3 milhões ao vice-campeão e mais de R$ 5 milhões para o título, caso ficasse com Corinthians ou São Paulo.

A Federação Paulista paga R$ 1 milhão para o segundo colocado e outros R$ 3 milhões para o melhor time da competição. Em seus momentos de estádio mais cheio no ano, Corinthians e São Paulo registraram rendas líquidas na casa dos R$ 2 milhões. Além disso, seria possível dar reforço ao caixa com a venda de patrocínios pontuais, como fez o Santos.

Para o São Paulo, em especial, o título estadual seria de grande importância histórica. Com 21 conquistas hoje, os são-paulinos se igualariam ao Palmeiras, segundo melhor time do Estado com 22 conquistas - a diferença, claro, pode crescer neste domingo. Além disso, hoje o maior jejum entre os grandes paulistas pertence ao clube do Morumbi, sem ganhar desde 2005. Também é o terceiro maior período sem títulos do torneio na história do São Paulo. Dono da maior invencibilidade como mandante do futebol mundial na atualidade, o Corinthians poderia conquistar o primeiro título de seu estádio.

A mesma história também mostra como tem sido difícil para os clubes de São Paulo jogar a Copa Libertadores e ganhar o Paulista. Neste domingo, será a sexta vez em oito anos que o campeão estadual jogará a final sem pensar em compromissos pela competição sul-americana.

Não é o caso de corintianos, que visitam o Guaraní-PAR, e de são-paulinos, que recebem o Cruzeiro, ambos jogos na quarta-feira. E que, eliminados do Paulista, têm duas semanas sem jogos para recarregar as baterias para a Libertadores.

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